SOLIDÃO
Apenas soube
que existes
No dia em que
me atingiste!
É quase sempre
assim…
Agora que sei
o teu nome,
Conheço o teu
ADN e a tua fome
De te juntares
a mim,
Reconheço que
sempre
Estiveste por
perto.
Dizem-te
parceira dos velhos,
Dos Deserdados
e desamados
E tu sorris,
sorris como um esperto
Que adora
convenientes enganos!
Visitas-nos desde
tenra idade.
Vejo-te nos putos
presos na rua,
Esfomeados do
carinho dos pais;
Revejo-te nos
alunos alheados e tristes
Sentados à
porta das salas de aula
Sem saber o
que fazer com os intervalos.
Mas deles tens
comiseração…
Ou então é
apenas esperteza. Já nem sei…
Um like a
tlintar no smartphone,
Os headphones
nos ouvidos,
Um beijo furtivo
e quente…
E adias a tua
apresentação!
Abomino é o
que fazes aos velhos!
Massacra-los
com memórias
que não voltam,
Não lhes dá
nem a visita piedosa dum neto,
Entropeces-lhes
a vontade.
Detesto-te,
porque não havia necessidade!
Eles já
perderam o suficiente,
Tu já ganhaste
mais do que merecias.
Agora nós!
Fomos
apresentados num dia qualquer,
Em que olhei
ao espelho além da roupa
E te vi a
troçar de satisfação.
Acho que foi
num daqueles dias
Em que a
lucidez triunfou sobre a vaidade,
Em que o telefone
não tocou e as SMS não chegaram.
Ou então os
silêncios se prolongaram
E os abraços
não traziam calor.
Nesse dia
marcaste tantos golos
Que te
fartaste!
Noutras
alturas, ganhaste, claramente, o jogo…
Mas o nosso
campeonato
nem a meio vai!
Dar-te-ei
sempre luta!
Não viverás
mais
À custa do meu
egoísmo!
Outro dia
senti saudades…
E senti-te
também por perto.
Não sei se me
dizias adeus
ou olá…
Por mim,
dizia-te adeus
e olá à outra pessoa.
Quanto ao
nosso campeonato,
Apenas tenho
uma certeza:
VAIS PERDER.
No jogo da
Vida, quem vence sou Eu!
Gabriel Vilas Boas
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