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domingo, 25 de outubro de 2015

SACRIFÍCIO



Sacrifício, sacrifício, sacrifício,
Quase sempre uma opção
Quando a forte ambição
Desejava maior benefício.

Culpavam-se os deuses,
Culpava-se o destino,
Mas era o humano desatino
Que propunha troca interesseira
Vergonha da humanidade inteira.

Ganhámos o habito do negócio,
Mas perdemos a dimensão
Do lucro e do prejuízo.
Criámos uma mentalidade,
Uma razão sem razão,
Que se impôs como verdade
Que não oferecia contestação.

O Sacrifício faz parte da vida,
Mas não é a própria vida,
Porque assim a negaria.
Quase sempre um escolha,
Deixamo-lo ser dominador
Encher a nossa vida de dor,
Como quem se encolhe
Num medo absurdo
Do Futuro.

Chamam-lhe responsabilidade,
Recusa de egocentrismo…
Não será antes conformismo
Disfarçado de inevitabilidade?

Tantas vezes uma pacto suicida,
Que fizemos com os deuses,
Com os outros ou com a vida.
Se não o conseguirmos vencer
Tornar-se-á castigo sem crime,
Verdadeiro desperdício sublime,
De tempo e vidas deitadas a perder.

Gabriel Vilas Boas

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