O triste caso da jovem de 17 anos que esta semana faleceu
com sarampo lançou a discussão sobre a importância da vacinação e da responsabilidade que os pais têm no cumprimento do plano nacional de vacinação,
a que todas as crianças se devem submeter.
Obviamente que agora todos tentam aligeirar a sua culpa,
mas o único dado objetivo a apurar é que aquela jovem morreu de sarampo porque
não estava vacinada. Providenciar que os filhos são vacinados, que se alimentam
corretamente, que vão à escola, que cumprem as regras básicas de educação são
responsabilidades dos pais. São eles que têm esse dever e o poder de o fazer
cumprir.
Andar com muitos “mas” à volta da questão é iludir o
fundamental – é preciso ter um mínimo de responsabilidade para ser-se pai ou
mãe. Quem não é minimamente responsável deve abster-se de aumentar a espécie
humana.
O grande problema é que há um número considerável de pessoas que se tem
injustificadamente em alta conta e acha que sabe mais do que o médico, mais do
que o professor, mais do que o polícia. Por isso, decretou que as suas controversas
opiniões são leis e por conseguinte recusa-se a dar ouvidos a quem só apela
ao bom senso.
Há uma grande diferença entre afirmar uma personalidade sui
generis e ser absolutamente irresponsável. Infelizmente há muita gentes que confunde os dois conceitos.
As regras que a maioria da sociedade
aceita e cumpre não são uma coisinha insignificante nem nasceram porque sim.
Elas são aceites porque todos ganham em cumpri-las e procuram melhorar a vida
em comum.
É claro que professores, médicos, juízes, polícias,
funcionários administrativos cometem erros, mas isso são exceções e nenhuma
delas nos autoriza a destruir todo o edifício social, arduamente construído para proporcionar bem-estar a toda a população.
Esta semana ficamos a saber que há pais que não vacinam os
filhos por convicção, mas todos já sabíamos que essa irreverência social de
alguns adultos sui generis tinha deixados pegadas noutras áreas, sobretudo da
educação.
A vacina da responsabilidade ainda não está disponível no
mercado, mas se estivesse, havia muitos candidatos a um plano de vacinação
urgente.
GAVB
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