Há uns anos atrás, um amigo tentava confortar-me da venda
de Simão Sabrosa pelo Benfica ao Atlético de Madrid, lembrando os vinte milhões
de euros que ele rendera. Respondi-lhe que se pusessem uns bidões de notas no
campo ninguém lhes bateria palmas, pelo simples facto de em nada contribuírem
para a nossa felicidade.
Acumular riqueza é um sinal de pouca inteligência a partir
de um certo montante e sobretudo a partir de um certo momento. Ou bem que o
dinheiro nos é útil ou então não passa de um monte de papel que não teve outra
utilidade que não fosse dar-nos a inútil presunção de riqueza. Ora a presunção
não precisa de ser rica nem a riqueza tem necessidade de ser presunçosa.
É um ato de grande inteligência e riqueza pessoal saber
distribuir aquilo que vamos ganhando e acumulando pelos expectáveis anos da
nossa vida. Aquele que morre com o seu montinho avarento não é mais do que um
homem extremamente pobre de espírito que nem conseguiu ter imaginação para
gastar o seu pecúlio.
A riqueza, em strictu sensu, só o é quando transformada em
algo que nos dá prazer e felicidade. Se a felicidade é a informação bancária,
então devia ser permitido que os bancários fizessem todas as semanas uns
milionários do faz de conta.
Mais do que ter a noção do dinheiro que precisamos para
realizar as “coisas” almejadas ao longo dos anos, era bom ter realmente a ideia
precisa daquilo que nos faz feliz e quanto isso custa. Alguns iam chegar à
conclusão que andam a fazer figura de parvo há anos. O que vale é que há sempre uns
banqueiros que implodem os seus próprios bancos, para criar motivação no
pessoal que gosta de acumular riqueza com se fosse viver forever.
E se a nossa felicidade for deixar esse dinheiro aos nossos descendentes para que usufruam dele? Porque há tanta gente assim...
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