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domingo, 2 de abril de 2017

SUPER-CANELADAS NO FAIR PLAY



Algum dia isto tinha de acontecer, mas aconteceu hoje, onde todos suspeitavam que acontecesse: um árbitro de futebol agredido, por um jogador, de forma tão violenta quanto despropositada, leva o juiz ao hospital e ao fim do jogo… três minutos depois de ele ter começado.
A equipa mais polémica do futebol português – O Canelas – já tinha um historial de intimidação, ameaças e agressões um pouco por todos os campos por onde passava, de tal modo que havia um pacto entre quase todas as equipas do seu campeonato para fazerem falta de comparência ao jogo com o Canelas (não se importando de perder os três pontos em questão) de maneira a pressionar as autoridades desportivas a «disciplinar» o Canelas.

O problema é que este Canelas é impossível de corrigir. Grande parte dos seus jogadores fazem parte ou estão ligados à mais temida claque portuguesa – Os Superdragões, claque oficial do F.C. Porto, que tem fama e proveito de ser uma claque intimidatória há longos anos em Portugal.
Agora dedicaram-se a jogar futebol amador, mas não era espectável que se tivessem tornado pessoas diferentes. E não tornaram. Cientes disso, os clubes que competiam com o Canelas tentaram alertar as autoridades desportivas, no caso a Associação de Futebol do Porto, mas estes não conseguem (nunca conseguiram nem conseguirão) tomar uma atitude hostil contra os Superdragões, pois entendem-na como uma atitude hostil contra o F. C. do Porto, clube do qual são maioritariamente adeptos.

O problema é que o desporto e o futebol, em particular, são um bem maior a preservar, ou pelo menos deviam ter sido. Não foram e agora há que arcar com as consequências, especialmente a nível mediático, pois os holofotes estarão, certamente, centrados em quem não teve coragem para travar, a tempo e horas, os ameaçadores Supercanelas, cujos adversários fugiam de defrontar, com medo do clima dentro e fora do relvado, não punido por árbitros, delegados associativas e forças polícias.
Até agora nunca viram nada de grave, a partir de hoje vão fartar-se de ver.
Uma claque é uma claque, uma equipa de futebol é outra coisa. Qualquer pessoa de bom senso percebe isto, mas quando o medo nos domina até as coisas mais óbvias são difíceis de entender.

GAVB

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