Curiosamente (o talvez não) o Dia Internacional do Beijo
coincide, este ano, com a Quinta-Feira Santa, ou seja, o dia em que Judas traiu
Jesus Cristo através de um… beijo. Desgraçadamente, o presidente dos EUA
escolheu este dia para lançar a sua mais potente bomba não-nuclear sobre o
Afeganistão, numa clara e desesperada resposta aos recentes ataques do DAESH na
Suécia e na Alemanha. Talvez Trump tenha acabado de dar o beijo da morte à paz
mundial.
É difícil prever a amplitude das consequências deste
insensato ato americano, mas é fácil perceber que as haverá e que serão más.
Já todos percebemos que o mundo é hoje dominado por loucos
perigosos e começo a pensar que já não está nas nossas mãos pará-los. São
homens que cresceram no mundo irreal dos videogames, onde o objetivo era
aniquilar os inimigos. Hoje somos nós as personagens desse jogo e eles
continuam a brincar.
Não há bons e maus, só maus. É certo que uns são mais
horríveis que outros, mas só isso, o que acaba por ser apenas um pormenor
insignificante.
Como escrevi há dias (“Aprender a viver em Israel”), as
bombas, o terror, o medo, a morte, os atentados vieram para ficar. Uma espécie de vírus que contraímos e que nos levará à morte.
Por omissão e por ação nós fomos o Judas da paz de todos.
Não há volta a dar: Trump foi eleito, Putin foi eleito, o Conselho de Segurança
da ONU não consegue aprovar uma resolução contra a Síria, após um ataque químico, e uma claque de uma equipa futebol deseja a morte aos jogadores do clube rival.
A bomba que caiu hoje no Afeganistão foi apenas um último e
fatal beijo de uma morte anunciada. Até agora estivemos de braços cruzados,
daqui para a frente eles continuarão… atados.
É certo que daqui a um mês passam cem anos sobre as
aparições de Fátima, mas, na verdade, quem ainda acredita em milagres?
GAVB
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