Ao que parece as grandes ideias da
Juventude Socialista para Portugal passam por legalizar a prostituição e o
consumo de drogas leves, com o intuito de as taxar.
A ideia parece-me totalmente descabida e
até abjeta. Como pode o JS pensar em fazer dinheiro com dois “cancros sociais”
como são a prostituição e o consumo de drogas? Apesar de termos aprendido a
tolerar aqueles que navegam as turbas águas desses mundos, eles não deixaram de
ser maléficos para a sociedade.
A Lei comporta os fundamentos em que cada
sociedade quer viver. E não é admissível que queiramos alicerçar a nossa sociedade em
pilares como o consumo de droga ou a prostituição. Legalizar é, no mínimo,
dizer “Não é mau.”
A sociedade encontrou um modo de acomodar a
humanidade que os toxicodependentes e as prostitutas merecem, tolerando os seus
comportamentos, diminuindo o grau de censura pública, permitindo a sua
reabilitação social. No entanto, esses comportamentos continuam a ser
censuráveis e evitáveis.
Nada justifica a sua legalização, nem
mesmo a falta de dinheiro no erário público. A honra, a ética e os valores
fundamentais de uma sociedade não são negociáveis. Nada é mais nefasto ao
levantar económico de um povo que ele se deixar “prostituir” pela força do
dinheiro ou ser incapaz de fazer frente a uma qualquer droga que o possui.
Se a ideia da JS era fazer passar a
legalização da prostituição e do consumo das drogas leves, usando como
argumento de ocasião que desse modo se poderiam arrecadar enormes receitas
fiscais, então a JS tem uma agenda política errada, pois a juventude portuguesa
não precisa de aprofundar vícios ou legalizar imoralidades. A juventude
portuguesa precisa de emprego, de bons salários, de condições económicas razoáveis
para constituir família, de acesso as bolsas de estudo, de um regime de
arrendamento favorável nas grandes cidades…
A legalização da prostituição e do consumo
das drogas leves não diminuirá nenhum desses flagelos, mas dará um sinal errado
sobre o qual deve ser o caminho que os jovens devem esforçar-se por trilhar.
Fazer política de juventude não é abrir
fraturas sociais, viver na polémica estéril e inútil, mas somente
estar atento aos problemas que consomem a vida dos jovens portugueses.
Talvez a prostituição seja mais do domínio
da imoralidade que do da legalidade, mas uma lei imoral é sempre uma má lei.
Legalizar a imoralidade, aproveitando-se hipocritamente dela, é matar toda a
Ética que deve fundamentar uma sociedade.
Gabriel Vilas Boas
Até a Igreja Católica no passado se serviu da prostituição nas ruas de Roma para encher os cofres em tempos de crise e mais feio é que a prostituta ficava sempre à mingua do esforço que fazia. Tanta moralidade não se apregoar, sobretudo quando se destrói um país até este ponto.
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