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terça-feira, 24 de maio de 2016

PROSTITUIÇÃO E DROGAS LEVES: LEGALIZAR PARA COBRAR?


Ao que parece as grandes ideias da Juventude Socialista para Portugal passam por legalizar a prostituição e o consumo de drogas leves, com o intuito de as taxar.
A ideia parece-me totalmente descabida e até abjeta. Como pode o JS pensar em fazer dinheiro com dois “cancros sociais” como são a prostituição e o consumo de drogas? Apesar de termos aprendido a tolerar aqueles que navegam as turbas águas desses mundos, eles não deixaram de ser maléficos para a sociedade.

A Lei comporta os fundamentos em que cada sociedade quer viver. E não é admissível que queiramos alicerçar a nossa sociedade em pilares como o consumo de droga ou a prostituição. Legalizar é, no mínimo, dizer “Não é mau.”
A sociedade encontrou um modo de acomodar a humanidade que os toxicodependentes e as prostitutas merecem, tolerando os seus comportamentos, diminuindo o grau de censura pública, permitindo a sua reabilitação social. No entanto, esses comportamentos continuam a ser censuráveis e evitáveis.

Nada justifica a sua legalização, nem mesmo a falta de dinheiro no erário público. A honra, a ética e os valores fundamentais de uma sociedade não são negociáveis. Nada é mais nefasto ao levantar económico de um povo que ele se deixar “prostituir” pela força do dinheiro ou ser incapaz de fazer frente a uma qualquer droga que o possui.
Se a ideia da JS era fazer passar a legalização da prostituição e do consumo das drogas leves, usando como argumento de ocasião que desse modo se poderiam arrecadar enormes receitas fiscais, então a JS tem uma agenda política errada, pois a juventude portuguesa não precisa de aprofundar vícios ou legalizar imoralidades. A juventude portuguesa precisa de emprego, de bons salários, de condições económicas razoáveis para constituir família, de acesso as bolsas de estudo, de um regime de arrendamento favorável nas grandes cidades…

A legalização da prostituição e do consumo das drogas leves não diminuirá nenhum desses flagelos, mas dará um sinal errado sobre o qual deve ser o caminho que os jovens devem esforçar-se por trilhar.
Fazer política de juventude não é abrir fraturas sociais, viver na polémica estéril e inútil, mas somente estar atento aos problemas que consomem a vida dos jovens portugueses.

Talvez a prostituição seja mais do domínio da imoralidade que do da legalidade, mas uma lei imoral é sempre uma má lei. Legalizar a imoralidade, aproveitando-se hipocritamente dela, é matar toda a Ética que deve fundamentar uma sociedade.

Gabriel Vilas Boas

1 comentário:

  1. Até a Igreja Católica no passado se serviu da prostituição nas ruas de Roma para encher os cofres em tempos de crise e mais feio é que a prostituta ficava sempre à mingua do esforço que fazia. Tanta moralidade não se apregoar, sobretudo quando se destrói um país até este ponto.

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