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domingo, 17 de maio de 2015

NATALIE PORTMAN


Natalie Portman é das atrizes da atualidade que mais expetativas gera em relação à plena afirmação do seu talento.
Portman faz 34 anos daqui a três semanas, mas já leva mais de vinte anos de carreira, onde se inscrevem quatro dezenas de filmes. Além disso, a israelita já se estreou na direção e na produção cinematográficas.


Portman tem um talento tão exuberante que sempre foi algo precoce nas etapas que percorreu, na sua carreira, no mundo do cinema. Com apenas doze anos, conseguiu arrebatar o papel de uma menina da sua idade, única sobrevivente de uma família assassinada por polícias corruptos envolvidos no narcotráfico, em “Léon, o Profissional”, 1994. O desempenho foi tão bem conseguido que Natalie já não mais abandonou Hollywood.
Os convites sucederam-se, mas nem sempre Natalie Portman os aceitou, especialmente quando não os achava adequados ou então tinha projetos diferentes para aquele momento particular da sua vida. Foi o que aconteceu quando se estreou na Broadway com “O Diário de Anne Frank”.  


A afirmação inequívoca das suas qualidades enquanto atriz chega entre 1999 e 2005, quando George Lucas lhe entrega o papel de Padmé Amidala, nos três primeiros filmes da saga “Star Wars”.
Admirada pelo grande público, mas com pouco mais de vinte anos, Portman ainda brilhava na sombra das grandes estrelas do cinema como Nicole Kidman, no entanto os seus desempenhos eram tão impressivos que, por vezes, ofuscavam estrelas maiores. Foi o que aconteceu em 2003, quando a crítica encheu de encómios a sua performance em “Cold Mountain”, filme aclamado pela crítica e pelos espectadores.


No entanto, o momento mais alto da carreira de Natalie Portman, até ao momento, dá-se em 2011, quando alcança o Óscar, o Globo de Ouro, o BFTA e o SAG Awards, por extraordinário desempenho em “Cisne Negro”, de Darren Aronofsky. O filme teve um êxito assinalável a que não é alheia a atuação de Portman, verdadeiramente soberba no papel de uma bailarina que tem de lutar pelo lugar de bailarina principal de uma companhia nova iorquina de ballet. A personagem interpretada pela atriz israelita luta por esse lugar com Lily (Mila Kunis). As duas personagens devem ser capazes de interpretar na perfeição os dois papeis mais relevantes do "Lago dos Cisnes" (cisne branco e cisne negro). Apesar da personagem interpretada por Portman ser a própria personificação do cisne branco, a sua rival parece concitar a preferência do diretor artístico da companhia. As duas bailarinas desenvolvem uma amizade conflituosa, profundamente marcada pela rivalidade que fará sobressair o lado mais sombrio de Nina, personagem a que Natalie dá corpo.


Natalie Portman consegue dar à sua personagem – Nina – uma densidade psicológica assombrosa, pois recria uma Nina que inesperadamente entra em desequilíbrio psicológico, revelando uma mente conturbada, que persegue obsessivamente o melhor desempenho enquanto cisne negro.
O ano de 2011 foi a todos os títulos inesquecível para Natalie, pois nesse ano também se tornou mãe, indo receber o Óscar de Melhor Atriz Principal grávida, numa imagem rara de plena felicidade.
De então para cá, Natalie já voltou a protagonizar outros filmes, com especial destaque para “Thor”, em 2013, mas sem o êxito de “Cisne Negro”.
No entanto, êxito é uma palavra que parece inscrita no destino desta atriz israelita. O seu talento, as suas capacidades representativas e, sobretudo, a dedicação que emprega em todos os seus trabalhos fazem-me acreditar que o melhor ainda está para vir.
Gabriel Vilas Boas

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