Etiquetas

domingo, 12 de março de 2017

A DÉSPOTA MANIA DE IMPORMOS AS NOSSAS SEPARAÇÕES


«O meu pai não me deixou ir a casa da minha avó, quando eu estava com saudades dela. Até parece que nunca teve saudades!»

A vida também feita de muitos desencontros, dolorosas separações que não sabemos como enfrentar. Entre casais, com os filhos, com os pais, com os amigos, às vezes, até com um sítio.

Um erro que cometemos com frequência é querer obrigar aqueles que estão connosco a separarem-se também. É um erro terrível, insensato e egoísta! Uma espécie de retaliação, com danos colaterais, que atinge os inocentes que estão no meio.
É a mãe que proíbe os filhos de ficarem em casa do ex-marido logo que sabe que este já tem uma nova namorada; é o pai que impede as filhas de ver a avó, quando foi apenas ele que se zangou com a mãe; é a pressão que fazemos com alguns amigos ou amigas para que deixem de falar ao outrora nosso(a) melhor amigo(a), quando com ele(a) cortamos relações.

Estes desejos revelam apenas uma grande frustração e imaturidade, até porque familiares e amigos não são marionetas ao serviço dos nossos caprichos e vingançazinhas sem sentido.
A vida está cheia de relações que terminam de um modo insatisfatório, por vezes injusto, mas essas são histórias que apenas a nós dizem respeito. Por muito que ainda haja feridas por cicatrizar e as relações daqueles que amamos desajudem, não temos o direito a constrangê-los, especialmente se estivermos a falar de crianças, pois estas não têm poder para impor a sua vontade.
Além de corrermos o risco de sermos solenemente enganados, deixamo-nos consumir por atitudes mesquinhas, o que só atrasa a nossa recuperação afetiva.
Crescemos muito mais na adversidade e na luta contra as nossas imperfeições do que em atitudes egocêntricas.

GAVB

Sem comentários:

Enviar um comentário