Fidel tornou-se na grande atração turística
de Cuba. Uma espécie de Torre Eiffel de Paris ou Buckingham Palace de Londres.
Hoje, os líderes políticos mundiais vão a Cuba para ver Fidel como quem vai a um
museu ou decide visitar um monumento. Faz parte do roteiro de qualquer presidente
ou primeiro-ministro visitar esta lenda viva do comunismo mundial.
Desgraçadamente, Fidel tornou-se num
fóssil vivo, num dinossauro da política mundial in stricto sensu, ao lado de quem se gosta de tirar fotos, para
depois contar aos amigos “Eu estive com Fidel, em Cuba!”
Ninguém vai a Cuba para falar com Raul
Castro ou para saber dos cubanos (como eram hipócritas as nossas preocupações com
a falta de liberdade dos cubanos em tempos de Fidel, o humano) ou para
estabelecer relações bilaterais.
Obviamente, Marcelo nada disse do que
conversaram porque não se conversa com um monumento. Sorri-se a seu lado, tira-se fotos, aperta-se a mão, tem-se aquelas conversas cheias de nada.
O grande erro/problema de Fidel aconteceu há quarenta anos, quando era vivo, e recusou viajar, conhecer gente, observar mundo além das ideias que ganhou nas montanhas com Che Guevara.
Em Cuba tudo cristalizou lentamente: Fidel, o comunismo, a economia e a sociedade. Não lamento a agonia de Fidel e do seu comunismo, porque ambos escolheram o seu caminho, mas tenho imensa pena dos cubanos que passaram anos e anos a ver o futuro cada vez mais longínquo a desenhar-se magnificamente a poucas milhas de distância.
Ao contrário do que pensa Fidel, o líder cubano não amava verdadeiramente os seus compatriotas nem queria o melhor para eles.
Os cubanos não eram (nunca foram) tontos nem ingratos. Gostavam de Fidel, alguns até do comunismo, mas acima de tudo amavam a liberdade de ver, sentir, conhecer, escolher. Isso só se consegue quando nos permitem viajar, abandonar a "nossa ilha" e conhecer outros lugares, outras pessoas, outras ideias.
Fidel nunca saiu da ilha que criou e onde sequestrou a aqueles que dizia amar.
Gabriel Vilas Boas.
O grande erro/problema de Fidel aconteceu há quarenta anos, quando era vivo, e recusou viajar, conhecer gente, observar mundo além das ideias que ganhou nas montanhas com Che Guevara.
Em Cuba tudo cristalizou lentamente: Fidel, o comunismo, a economia e a sociedade. Não lamento a agonia de Fidel e do seu comunismo, porque ambos escolheram o seu caminho, mas tenho imensa pena dos cubanos que passaram anos e anos a ver o futuro cada vez mais longínquo a desenhar-se magnificamente a poucas milhas de distância.
Ao contrário do que pensa Fidel, o líder cubano não amava verdadeiramente os seus compatriotas nem queria o melhor para eles.
Os cubanos não eram (nunca foram) tontos nem ingratos. Gostavam de Fidel, alguns até do comunismo, mas acima de tudo amavam a liberdade de ver, sentir, conhecer, escolher. Isso só se consegue quando nos permitem viajar, abandonar a "nossa ilha" e conhecer outros lugares, outras pessoas, outras ideias.
Fidel nunca saiu da ilha que criou e onde sequestrou a aqueles que dizia amar.
Gabriel Vilas Boas.
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