Etiquetas

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DEFICIENTES - AMARANTE



Talvez poucos amarantinos saibam, mas o seu concelho tem mais de três mil pessoas com deficiência. É um número importante e que justifica a existência de uma espécie de delegação da Associação Portuguesas de Deficientes.
A APD - Amarante existe desde de 2008 e desde então procura ajudar todos os amarantinos com alguma espécie de deficiência. Há muito a fazer e os recursos são limitados, por isso cada conquista é motivo de alegria e regozijo por parte daqueles que temporariamente ocupam a direção da APD de Amarante.
Além das dificuldades económicas com que muitas das famílias das pessoas com deficiência se debatem, Amarante é um território difícil para um deficiente, onde as barreiras arquitetónicas são a regra e não a exceção. Pouco são os edifícios, públicos e privados, que foram pensados para os deficientes. O mais desesperante é que nas últimas décadas pouco investimento público foi feito para tornar acessíveis certos espaços aos deficientes, que vêem nessas barreiras mais um motivo de exclusão.


Na recente tomada de posse dos órgãos sociais da APD de Amarante, o seu presidente chamou a atenção do Presidente da Câmara para a necessidade da autarquia fazer mais por estas pessoas, quase sempre esquecidas pelos projetos de investimento camarário.
Durante este verão a APD de Amarante empenhou-se a fundo no Projeto Tampinhas, através do qual angariou fundos para comprar material necessário para a locomoção de alguns deficientes motores. Além dos vários membros da direção, estiveram envolvidos nestas atividades muitos jovens do concelho através do projeto Pré-ocupa-te.

A Associação presidida por Rosa Lemos presta uma ajuda mais profunda e ampla aos amarantinos que são portadores de deficiência. Desde logo disponibilizando informação e legislação aos associados; envidando esforços para inserir social e profissionalmente estes deficientes, organizando atividades sociais, culturais e desportivas promotoras do bem-estar físico e psicológico destes cidadãos de Amarante, estabelecendo protocolos comerciais com algumas entidades que possam prestar serviços a deficientes, de modo a tornar o seu custo de vida mais acessível.
Consciente de que ainda há muito a fazer, quer ao nível do apoio financeiro quer ao nível do apoio psicológico, a APD Amarante sabe que o melhor que a sociedade amarantina pode dar aos seus conterrâneos é fazê-los sentir-se parte ativa da comunidade: nos cafés, nas repartições públicas, nas ruas das cidades, nos estabelecimentos comerciais. Um simples ajudar uma cadeira de rodas a subir um passeio ou a entrar num restaurante, com um sorriso nos lábios, torna o dia de um deficiente bem mais feliz.  

Gabriel Vilas Boas

Sem comentários:

Enviar um comentário