A Tesla é uma conhecida empresa americana que desenvolve,
produz e vende automóveis elétricos. Desde sempre o seu patrão definiu como
política da empresa “não fazer descontos”. Os empregados não estavam autorizados
a negociar qualquer baixa do preço final definido pela administração.
Envolvidos numa disputa titânica pela conquista de mercado,
alguns vendedores da marca decidiram fazer uns descontos a alguns clientes,
como forma de não os perder e desse modo cumprir os objetivos de vendas.
Quando o patrão, Elon Musk, soube disto não gostou e reagiu
de uma maneira totalmente inesperada, através de uma carta aos seus trabalhadores,
lembrando-lhe os valores fundamentais da empresa e a honra que deve nortear
qualquer negociante.
Começou e terminou elogiando o trabalho e os resultados
alcançados por todos eles, mas centrou a sua mensagem em algo que pode ser
resumido na seguinte frase: “Ou ganhamos de forma justa e correta ou perdemos
com a nossa honra intacta e aceitamos as consequências.”
Se a política da empresa era não fazer descontos, não havia
que fazer batota. Era preferível perder o negócio a perder a honra. Para aquele
patrão, era essencial que todos os clientes da Tesla soubessem que eram
tratados de igual maneira, que nenhum deles era especial ao ponto de obter um
desconto que sempre foi negado a todos.
A empresa ia à luta com o seu Know How, a sua política de
preço, a confiança que os seus clientes depositavam na marca. Ganharia os
negócios que fossem possíveis ganhar e perderia outros. É assim que acontece no
mundo dos negócios e na vida.
O que o patrão da Tesla lembrou a todos os seus empregados,
além de satisfação com o seu desempenho, é que aquilo que muito bem definiu um
escritor espanhol do século XVI: “Quando um homem perde a honra por causa de um
negócio, acaba por perder a honra e o negócio”.
Gabriel Vilas Boas
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