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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

OU GANHAMOS COM JUSTIÇA OU PERDEMOS COM HONRA


A Tesla é uma conhecida empresa americana que desenvolve, produz e vende automóveis elétricos. Desde sempre o seu patrão definiu como política da empresa “não fazer descontos”. Os empregados não estavam autorizados a negociar qualquer baixa do preço final definido pela administração.
Envolvidos numa disputa titânica pela conquista de mercado, alguns vendedores da marca decidiram fazer uns descontos a alguns clientes, como forma de não os perder e desse modo cumprir os objetivos de vendas.

Quando o patrão, Elon Musk, soube disto não gostou e reagiu de uma maneira totalmente inesperada, através de uma carta aos seus trabalhadores, lembrando-lhe os valores fundamentais da empresa e a honra que deve nortear qualquer negociante.
Começou e terminou elogiando o trabalho e os resultados alcançados por todos eles, mas centrou a sua mensagem em algo que pode ser resumido na seguinte frase: “Ou ganhamos de forma justa e correta ou perdemos com a nossa honra intacta e aceitamos as consequências.”
Se a política da empresa era não fazer descontos, não havia que fazer batota. Era preferível perder o negócio a perder a honra. Para aquele patrão, era essencial que todos os clientes da Tesla soubessem que eram tratados de igual maneira, que nenhum deles era especial ao ponto de obter um desconto que sempre foi negado a todos.

A empresa ia à luta com o seu Know How, a sua política de preço, a confiança que os seus clientes depositavam na marca. Ganharia os negócios que fossem possíveis ganhar e perderia outros. É assim que acontece no mundo dos negócios e na vida.

O que o patrão da Tesla lembrou a todos os seus empregados, além de satisfação com o seu desempenho, é que aquilo que muito bem definiu um escritor espanhol do século XVI: “Quando um homem perde a honra por causa de um negócio, acaba por perder a honra e o negócio”.
Gabriel Vilas Boas

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