Hoje
a minha filha perguntou-me o que era o sonho americano. Sucintamente falei-lhe
em "ter sucesso", em "ser próspero", em viver em liberdade,
mas esqueci-me de outros valores fundamentais como a igualdade de oportunidades
e a mobilidade social.
O
Sonho Americano está enraizado na Declaração da Independência dos Estados
Unidos que proclamou que todos os homens são criados com direito à vida,
liberdade, prosperidade e a busca pela riqueza.
Por
coincidência, o presidente Obama também falou ontem do sonho americano para
dizer que "nenhum muro travará o sonho americano", referindo-se à
acéfala intenção de Donald Trump de construir um muro, na fronteira com o México,
com o intuito de travar a emigração ilegal vinda do sul.
Também
Trump fala do sonho americano, mas o dele é bem diferente do american dream do
primeiro presidente negro dos EUA.
Para
o candidato republicano, a personificação do sonho americano é ele próprio: ser
rico, próspero e exercer o poder como um líder. Essa coisa da liberdade também
é bem vinda senão atrapalhar muito o plano de enriquecer rapidamente.
Também
Obama personifica o sonho americano, mas na vertente da efetiva igualdade de
oportunidades. Obama preocupa-se genuinamente com os outros e nos seus
mandamentos milhões de americanos puderam sentir pela primeira vez o gostinho
do sonho americano; já Trump preocupa-se com o seu ego, com o seu sucesso.
É
há muitos americanos que pensam como ele, que agem como ele, que gostariam de
construir muros em vez de pontes. Apenas são pouco corajosos e escondem-se
atrás de um pseudo líder como Trump.
Aquilo
que mais gosto no sonho americano é a igualdade de oportunidades, ainda que
isso permita a uma destituída e infeliz personagem como Donald Trump
candidatar-se a presidente dos Estados Unidos.
Gabriel
Vilas Boas.
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