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quinta-feira, 28 de julho de 2016

O SONHO AMERICANO

 


Hoje a minha filha perguntou-me o que era o sonho americano. Sucintamente falei-lhe em "ter sucesso", em "ser próspero", em viver em liberdade, mas esqueci-me de outros valores fundamentais como a igualdade de oportunidades e a mobilidade social.
O Sonho Americano está enraizado na Declaração da Independência dos Estados Unidos que proclamou que todos os homens são criados com direito à vida, liberdade,  prosperidade e a busca pela riqueza.
Por coincidência, o presidente Obama também falou ontem do sonho americano para dizer que "nenhum muro travará o sonho americano", referindo-se à acéfala intenção de Donald Trump de construir um muro, na fronteira com o México, com o intuito de travar a emigração ilegal vinda do sul.
Também Trump fala do sonho americano, mas o dele é bem diferente do american dream do primeiro presidente negro dos EUA.
Para o candidato republicano, a personificação do sonho americano é ele próprio: ser rico, próspero e exercer o poder como um líder. Essa coisa da liberdade também é bem vinda senão atrapalhar muito o plano de enriquecer rapidamente.
Já a igualdade de oportunidades é coisa que diz pouco a Trump e muito a Obama.
 Também Obama personifica o sonho americano, mas na vertente da efetiva igualdade de oportunidades. Obama preocupa-se genuinamente com os outros e nos seus mandamentos milhões de americanos puderam sentir pela primeira vez o gostinho do sonho americano; já Trump preocupa-se com o seu ego, com o seu sucesso.
 É há muitos americanos que pensam como ele, que agem como ele, que gostariam de construir muros em vez de pontes. Apenas são pouco corajosos e escondem-se atrás de um pseudo líder como Trump.
Aquilo que mais gosto no sonho americano é a igualdade de oportunidades, ainda que isso permita a uma destituída e infeliz personagem como Donald Trump candidatar-se a presidente dos Estados Unidos.
Gabriel Vilas Boas.

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