Situada no mar Egeu oriental, a ilha de Santorini está
empoleirada num antigo vulcão, cuja explosão, há mais de 3500 anos, deixou
apenas um rebordo de cratera e acumulação de cinzas e de destroços, no meio dos
quais se construíram as casas e as capelas.
Há cerca de 40 anos (1967), o arqueólogo grego Marinatos
descobriu na ilha vestígios de uma cultura semelhante à de Minos, em Creta. Nessa
altura, o arqueólogo colocou a hipótese de antes da grande explosão vulcânica,
a Creta de Minos e Santorini terem pertencido ao mesmo continente, a mítica
Atlântida, onde vivia uma civilização brilhante e requintada, que foi engolida
pelas águas e pelas chamas, como narra Platão. Segunda a teoria de Marinatos, a
explosão do vulcão, ao provocar um grande marmoto e nuvens de cinza que taparam
parcialmente a luz do sol durante vários anos, pôs fim ao domínio de Minos.
No entanto, esta teoria nunca foi provada nem derrotada e portanto
o mistério em relação à existência da fabulosa Atlântida continua. Santorini
pode ser um dos seus vestígios, fazendo com que cada visitante pense se não
está a visitar solo “sagrado”.
O que é absolutamente certo é que caminha sobre a cratera
de um vulcão adormecido desde 1950, mas não é de excluir a possibilidade de uma
futura explosão, o que ameaçaria a segurança dos dez mil visitantes e dos numerosos
turistas que passam as suas férias de verão naquele local paradisíaco do mar
Egeu.
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