Pode
ser sagrada, mas ainda é uma obra inacabada. Como a perfeição, o sonho de
Gaudi ainda não está concluído, mas já é uma das maiores maravilhas
arquitectónicas do mundo.
Visitei-a
hoje pela primeira vez e senti o que milhões de pessoas já sentiram: o maravilhamento
absoluto perante a beleza, a grandiosidade, a ousadia arquitectónica do
catalão.
É
impressionante pensarmos como a vida, a história, a divindade de Jesus Cristo
inspirou e desafiou os maiores génios da humanidade, nas mais variadas artes, a
produzirem obras primas de valor e beleza incomensuráveis.
Antes
de entrar, sentado numa esplanada da avenida Gaudi, aproveitando a brisa
mediterrânea, admirei a monstruosidade da obra face à pequenez humana; lá
dentro, seguindo uma audioguia muito claro e sucinto, observei com atenção a
fachada da Natividade, mas foi a fachada da Paixão que mais me comoveu.
No
interior do templo, encantaram-me os vitrais e os jogos de cores frias e
quentes seguindo o trajetória do sol desde que nasce até que se põe.
Claro
que é impossível não abrirmos a boca de espanto perante a "floresta"
de colunas inclinadas que suportam a nave central e os claustros. Obviamente
não deixamos de dar uma olhadela curiosa à cripta onde Gaudi repousa há noventa
anos nem deixamos de subir a torre do nascimento contemplar Barcelona como um
anjo. Mas quando saí do igreja que Gaudi criou não deixei de olhar de novo para
os vitrais e pensar na frase de Antoni Gaudi: " O sol é o melhor
pintor!".
Gabriel Vilas Boas
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