Provavelmente, a maioria de nós dirá: a saúde. É verdade
que sem ela, muitos dos nossos projetos ficam irremediavelmente perdidos, mas
também é verdade é que, durante grande parte da vida, não pensamos a sério nela
como um entrave.
Haverá um grupo que dirá “um grande amor”, outro lembrará a
“carreira de sucesso”, outro falará de determinado projeto, muitos pronunciarão
a palavra “sonhos”.
Todavia, se inquirimos várias pessoas idosas, já perto do
fim da vida, e lhe perguntarmos de que é que se arrependem, elas dirão: “daquilo
que não fiz”. E esse arrependimento vem do facto de terem sucumbido ao medo, à “preguiça”,
ao facilitismo…
Quando a morte se aproxima, tudo fica mais claro: a grande
frustração não é morrer, mas deixar a vida sem ter vivido realmente.
É então
que tudo se torna claro: devia ter corrido aquele risco, teria sido magnífico
ter perseguido aquele sonho…
Verificar que existimos apenas para cumprir rotina atrás de
rotina, compromisso atrás de compromisso, traz uma insuportável sensação de
derrota, especialmente porque fizemos essa opção de livre vontade.
Todos nós nascemos com um dom, que, mais tarde ou mais cedo,
se nos revela. Ignorá-lo, sufocá-lo ou dar-lhe asas depende da vontade de cada um.
Talvez não sejam as pessoas a ter sonhos, mas o contrário.
As pessoas não escolhem os sonhos, os sonhos é que escolhem as pessoas.
A grande questão que cada um tem que responder em tempo
útil é: terei eu coragem para agarrar o sonho que me escolheu, através do dom
que me dotou, ou deixá-lo-ei escapar?
Tal como as águias foram feitas para voar, também cada
pessoa foi feita para viver o sonho que tem dentro dela. Ter asas e não levantar
voo é uma grande perda, uma grande frustração.
Frequentemente, temos medo que os outros impeçam a realização
dos nossos sonhos e usamo-los como desculpa para camuflar o verdadeiro
empecilho: a dúvida que se instala na nossa mente. Se não lhe fizermos frente, ela transforma-nos-á num “quase”.
O “quase” parece bom, mas é péssimo. Existem muitas pessoas “quase” e bem podemos ser uma delas.
O “quase” parece bom, mas é péssimo. Existem muitas pessoas “quase” e bem podemos ser uma delas.
E quantos de nós é aquele que quase mudou de carreira ou
aquele que quase tirou boas notas, aquele que quase foi atrás de um grande amor…
Que sonho te escolheu? O que fizeste com ele? Desiste à primeira contrariedade ou nem sequer começaste a subir a montanha?
Claro que há obstáculos, mas o mundo está cheio de casos de
sucesso pela persistência. Lionel Messi no futebol, Steven Spielberg no cinema, Oprah na
televisão, Beyoncé na música ouviram dolorosos “nãos” e seguiram em frente.
Sofrer, lutar, aceitar a crítica são pré-requisitos para quem quer dar asas aos seus sonhos.
Sofrer, lutar, aceitar a crítica são pré-requisitos para quem quer dar asas aos seus sonhos.
Temos que decidir se queremos sofrer perseguindo os nossos
sonhos ou sofrer de arrependimento por não os termos perseguido.
Há sonhos que circunscrevem no tempo, mas há outros que nos
dão uma segunda oportunidade. No entanto, é melhor tentar antes que seja tarde.
Gabriel Vilas Boas
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