O Museu Oceanográfico do Mónaco, que culmina 85 metros
acima do mar Mediterrâneo, foi construído em cantaria e inaugurado pelo
príncipe Alberto, em 1910, depois de onze anos de construção.
Foi ao pé deste local de eleição para os amantes da fauna e
da flora marinhas que teve início, há mais de trinta anos, a profunda
transformação ecológica que vive o Mediterrâneo.
Em 1982, o comandante Jacques Cousteau, que dirigia o museu desde 1957, comprou uma alga verde, a Caulerpa taxifolia, que rapidamente ficou conhecida como a «alga matadora». No seguimento de uma evacuação de água dos aquários, a alga começou a desenvolver-se por baixo das janelas do museu, antes de contaminar cerca de 10 000 hectares de zonas pouco profundas, entre a Espanha e a Croácia. A alga não mata, mas sufoca a diversidade do ecossistema marinho.
A caulerpa
homogeneíza as paisagens e uniformiza as populações de peixes. Já se tentou arrancá-la
à mão ou introduzir lesmas tropicais apreciadoras de alga mas os planos de luta
mecânica e biológica deixaram de ser eficazes.
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