Quem
pode, pode! Já os trabalhadores "pedem" e é se querem!
António
Saraiva, que já foi sindicalista e agora é representante dos patrões,
fala grosso com o governo, como é próprio de um patrão em Portugal.
Saraiva
diz-me preocupado com o anémico crescimento da economia portuguesa e exige
(isso mesmo) políticas de crescimento ao governo.
Como
se os patrões não tivessem nada a ver com isso, como se não fossem eles agentes
económicos de relevo e não estivéssemos nós numa economia de mercado.
Cá
para mim, o governo devia responder, exigindo aos patrões "políticas sustentadas
de crescimento económico", que é como quem diz, menos pedinchice e mais
investimento privado.
O
que os querem é o mesmo de sempre: menos impostos, mais benesses
públicas.
Mas
Saraiva não se contenta em pedir e também quer governar, dizendo ao governo que
tipo de leis aprovar e reprovar, que tipo de política económica seguir, dando
instruções sobre a política laboral.
Se
fosse possível voar no tempo ainda gostaria de saber o que pensaria
"Saraiva sindicalista" do "Saraiva patrão"...
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