Se hoje fosse vivo, Nadir Afonso sorriria de satisfação e comoção. Na sua terra (Chaves) o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inaugura o Museu Nadir Afonso.
Projetado pelo renomado Álvaro Siza Vieira (como era desejo
do próprio Nadir), o museu do arquiteto que se tornou pintor é uma justa homenagem
ao homem que aproximou a arte da matemática, defendendo uma teoria
estética segunda a qual a arte é regida por leis matemáticas e não pela
imaginação. Para Nadir, a arte nascia da observação, da perceção e da
manipulação da forma.
Apesar de ter começado por adquirir formação na área da arquitetura, Nadir Afonso destacou-se na pintura, onde a sua obra passa por diversas fases: abstracionismo geométrico, período barroco, período egípcio, espacillimité, período ogival, período perspectivo, período organicista e antropomórfico, período fractual. A vida de Nadir foi longa…
Para muitos estudiosos, Nadir foi um dos grandes artistas
do século XX e este museu irá mostrar essa grandiosidade.
A peça arquitetónica desenhada por Siza Vieira tem um pequeno auditório, uma loja, salas de exposições permanentes e temporárias e o ateliê Nadir Afonso. No entanto, o que distingue este museu são as amplas janelas luminosas que deixam entrar os montes e as árvores da reserva nacional onde o edifício cresceu.
A peça arquitetónica desenhada por Siza Vieira tem um pequeno auditório, uma loja, salas de exposições permanentes e temporárias e o ateliê Nadir Afonso. No entanto, o que distingue este museu são as amplas janelas luminosas que deixam entrar os montes e as árvores da reserva nacional onde o edifício cresceu.
Apreciar a vasta obra de Nadir Afonso (a exposição de abertura do museu começa com o quadro da adolescência de Nadir em que a cidade de Chaves aparece representada e abrange os primeiros trinta e cinco anos do trabalhos do pintor, onde destaco o período Espacillimité – quando introduz elementos cinéticos e constrói uma máquina que permite rodar a pintura como se de um filme se tratasse) tendo como pano de fundo a paisagem flaviense é um deleite suplementar que satisfará muitos dos visitantes do Museu Nadir Afonso.
Nadir Afonso nunca cuidou da sua imagem, da promoção da sua
obra nem do sucesso ou do reconhecimento pessoal. Preocupou-se em pintar e
fê-lo de uma forma libertadora e sublime.
Gavb
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