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segunda-feira, 25 de julho de 2016

LA FAMÍLIA ES SAGRADA, di-lo Gaudi


Pode ser sagrada, mas ainda é  uma obra inacabada. Como a perfeição, o sonho de Gaudi ainda não está concluído, mas já é uma das maiores maravilhas arquitectónicas do mundo.

Visitei-a hoje pela primeira vez e senti o que milhões de pessoas já sentiram: o maravilhamento absoluto perante a beleza, a grandiosidade, a ousadia arquitectónica do catalão.

É impressionante pensarmos como a vida, a história, a divindade de Jesus Cristo inspirou e desafiou os maiores génios da humanidade, nas mais variadas artes, a produzirem obras primas de valor e beleza incomensuráveis.

Antes de entrar, sentado numa esplanada da avenida Gaudi, aproveitando a brisa mediterrânea, admirei a monstruosidade da obra face à pequenez humana; lá dentro, seguindo uma audioguia muito claro e sucinto, observei com atenção a fachada da Natividade, mas foi a fachada da Paixão que mais me comoveu.

No interior do templo, encantaram-me os vitrais e os jogos de cores frias e quentes seguindo o trajetória do sol desde que nasce até que se põe.

Claro que é impossível não abrirmos a boca de espanto perante a "floresta" de colunas inclinadas que suportam a nave central e os claustros. Obviamente não deixamos de dar uma olhadela curiosa à cripta onde Gaudi repousa há noventa anos nem deixamos de subir a torre do nascimento contemplar Barcelona como um anjo. Mas quando saí do igreja que Gaudi criou não deixei de olhar de novo para os vitrais e pensar na frase de Antoni Gaudi: " O sol é o melhor pintor!".
Gabriel Vilas Boas

domingo, 17 de agosto de 2014

PALÁCIO DA PENA - SINTRA


Virgílio Ferreira certo dia chamou-lhe “O mais belo adeus da Europa” e quem sobe a serra de Sintra e lá no alto encontra o majestático e imponente Palácio da Pena percebe a razão e não lamenta a pena que traz no corpo.
 O Palácio da Pena é o maior símbolo da arquitetura romântica que existe em Portugal. Residência real de verão, este palácio em forma de castelo foi mandado construir por D. Fernando Saxe Coburgo Gothe, rei consorte, com quem a nossa rainha D. Maria II casou em 1836.
Na construção do palácio foram aproveitadas as ruínas dum pequeno convento já existente no local, mandado edificar no século XVI por D. Manuel II, em comemoração da segunda viagem do navegador Vasco da Gama à Índia. No entanto, o pequeno convento Jerónimo estava, no momento em que foi comprado pelo rei D. Fernando em 1838, em ruínas em consequência do terramoto de 1755 e abandonado em por causa da extinção das ordens religiosas em 1834.

A ideia inicial era recuperar o antigo convento, mas a pequenez das instalações para os fins previstos, levou o mecenas real à ampliação da construção com um conjunto de novas construções, a que se chamou palácio novo.
Este projeto, de grande envergadura, que corresponde à totalidade do edifício amarelo e revestido a azulejo, teve a colaboração do barão Von Eschwege, engenheiro de minas alemão que estava em Portugal na altura. O gosto romântico do rei-artista, (assim o rei D. Fernando ficou conhecido entre os portugueses), aliado a uma versatilidade de interesses com as artes decorativas, a pintura, a escultura e os seu entusiasmo pelos espaços verdes levaram à criação de um magnífico jardim romântico, sendo o parque da Pena o exemplo acabado do paisagismo  pitoresco, tão apreciado na época, plantando invulgar coleção de plantas e árvores que hoje são o ex-libris da floresta de Sintra.


O palácio nacional da Pena constitui um exemplo de tendências arquitetónicas e decorativas ímpares do período romântico e da extraordinária sensibilidade do rei D. Fernando.
A estrutura arquitétonica, o ecletismo e o exotismo oriental e islâmico criaram o programa romântico de todo o conjunto, constituindo-se, espaço verde e espaço edificado como uma “obra de arte total”.
Como Richard Strauss afirmou, talvez o Palácio da Pena seja “a coisa mais bela que vi em Portugal; o verdadeiro Jardim do Klingsor, onde, lá no alto, fica o Castelo do Santo Graal”.
Certamente é por isso que muitos dizem que Sintra é um local mágico a que convém não escapar. Visitar o Palácio da Pena é um verdadeiro bálsamo para a alma e para o espírito.
Gabriel Vilas Boas.