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quarta-feira, 19 de julho de 2017

NEWSMUSEUM


Inaugurado há pouco mais de um ano, no dia em que Portugal comemora o regresso à Democracia, o Newsmuseum é já um dos mais atrativos e glamorosos museus portugueses.
Fica em Sintra, bem no coração da vila, e contrasta com o típico museu português, porque todo ele transpira a modernidade e tecnologia.
Não é um museu de História nem da imprensa, mas apenas das notícias, aquelas que fizeram a História do povo que somos nos últimos cem anos.
O Newsmuseum é um museu cheio de cor, imagem, ação. Altamente moderno e interativo, explica através da imagem, dos títulos, do som, da possibilidade de experimentarmos.

Qualquer estrangeiro que entre neste museu das notícias percebe perfeitamente a história contemporânea de Portugal, porque a rádio, a imprensa e sobretudo a televisão revelaram o que fomos fazendo. O enfoque principal está nos acontecimentos mais recentes, com especial destaque para aquilo e para aqueles que nos fizeram sentir orgulho em ser portugueses.
O que mais atrai o visitante do Newsmuseum é a possibilidade de experimentar. Além de ver, de tocar, de jogar, “fazer”, ou seja, vestir a pele do repórter e anunciar alguns dos principais acontecimentos do século XX. Essa surpresa é o primeiro cartão-de-visita do museu e predispõem-nos a uma descoberta entusiasmante nos restantes pisos em que se dispõe o Newsmuseum.

Ainda que a televisão ocupe o espaço e os desejos do visitante, há igualmente possibilidade de fazer rádio, dar uma conferência de imprensa ou testar conhecimentos jornalísticos, simulando a participação num dos mais famosos jogos sobre conhecimento que a televisão imortalizou.
Sintra torna-se ainda mais atrativa para os turistas nacionais e estrangeiros com o Newsmuseum, que inaugura uma nova maneira de apresentar o passado sem que este nos pareça fora do nosso tempo.

GAVB  

sexta-feira, 6 de março de 2015

O PALÁCIO DE SETEAIS


Localizado em Sintra, património mundial, o Palácio de Seteais, ergue-se no meio de um terreno acidentado, onde se podem avistar de modo privilegiado o mar e a serra de Sintra. Atualmente pertence à sociedade Hotel Tivoli, com funções residenciais, o palácio foi mandado construir na parte final do século XVIII, numa porção de terra cedida pelo Marquês do Pombal.
De arquitetura neoclássica, está inserido no conjunto de palácios reformado em estilo neoclássico pela burguesia endinheirada.

Destacam-se a entrada, com frontões triangulares, janelas de guilhotina e uma escada de dois braços que se desenvolve para o interior no sentido da fachada secundária.
O carácter cenográfico da construção é facilmente constatável, sendo também notada a adaptação da construção, que tem enquadramento com o Palácio da Pena, à irregularidade do terreno.
No conjunto existem dois corpos de planta composta  - a ala esquerda, com a planta em U, que se desenvolve à volta do pátio interior, e a ala direita, com planta retangular. As fachadas principais são simétricas, de dois registos. As salas da ala esquerda são pintadas com flores e grinaldas, salientando-se a Sala Pillement, com cenas figurativas delimitadas por grinaldas e frisos; a Sala da Convenção, com cenas marítimas mitológicas.

Realce ainda para a ampla escadaria de dois braços e três lanços, que dá acesso ao andar inferior. Refira-se que o Palácio de Seteais foi descrito como abandonado na obra de Eça de Queirós “Os Maias”. Felizmente que essa é uma informação do domínio da ficção e, hoje, é possível a qualquer turista usufruir das suas instalações e viver todo o romantismo, glamour e mistério que Sintra oferece em doses bem generosas.

domingo, 17 de agosto de 2014

PALÁCIO DA PENA - SINTRA


Virgílio Ferreira certo dia chamou-lhe “O mais belo adeus da Europa” e quem sobe a serra de Sintra e lá no alto encontra o majestático e imponente Palácio da Pena percebe a razão e não lamenta a pena que traz no corpo.
 O Palácio da Pena é o maior símbolo da arquitetura romântica que existe em Portugal. Residência real de verão, este palácio em forma de castelo foi mandado construir por D. Fernando Saxe Coburgo Gothe, rei consorte, com quem a nossa rainha D. Maria II casou em 1836.
Na construção do palácio foram aproveitadas as ruínas dum pequeno convento já existente no local, mandado edificar no século XVI por D. Manuel II, em comemoração da segunda viagem do navegador Vasco da Gama à Índia. No entanto, o pequeno convento Jerónimo estava, no momento em que foi comprado pelo rei D. Fernando em 1838, em ruínas em consequência do terramoto de 1755 e abandonado em por causa da extinção das ordens religiosas em 1834.

A ideia inicial era recuperar o antigo convento, mas a pequenez das instalações para os fins previstos, levou o mecenas real à ampliação da construção com um conjunto de novas construções, a que se chamou palácio novo.
Este projeto, de grande envergadura, que corresponde à totalidade do edifício amarelo e revestido a azulejo, teve a colaboração do barão Von Eschwege, engenheiro de minas alemão que estava em Portugal na altura. O gosto romântico do rei-artista, (assim o rei D. Fernando ficou conhecido entre os portugueses), aliado a uma versatilidade de interesses com as artes decorativas, a pintura, a escultura e os seu entusiasmo pelos espaços verdes levaram à criação de um magnífico jardim romântico, sendo o parque da Pena o exemplo acabado do paisagismo  pitoresco, tão apreciado na época, plantando invulgar coleção de plantas e árvores que hoje são o ex-libris da floresta de Sintra.


O palácio nacional da Pena constitui um exemplo de tendências arquitetónicas e decorativas ímpares do período romântico e da extraordinária sensibilidade do rei D. Fernando.
A estrutura arquitétonica, o ecletismo e o exotismo oriental e islâmico criaram o programa romântico de todo o conjunto, constituindo-se, espaço verde e espaço edificado como uma “obra de arte total”.
Como Richard Strauss afirmou, talvez o Palácio da Pena seja “a coisa mais bela que vi em Portugal; o verdadeiro Jardim do Klingsor, onde, lá no alto, fica o Castelo do Santo Graal”.
Certamente é por isso que muitos dizem que Sintra é um local mágico a que convém não escapar. Visitar o Palácio da Pena é um verdadeiro bálsamo para a alma e para o espírito.
Gabriel Vilas Boas.