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sexta-feira, 6 de março de 2015

O PALÁCIO DE SETEAIS


Localizado em Sintra, património mundial, o Palácio de Seteais, ergue-se no meio de um terreno acidentado, onde se podem avistar de modo privilegiado o mar e a serra de Sintra. Atualmente pertence à sociedade Hotel Tivoli, com funções residenciais, o palácio foi mandado construir na parte final do século XVIII, numa porção de terra cedida pelo Marquês do Pombal.
De arquitetura neoclássica, está inserido no conjunto de palácios reformado em estilo neoclássico pela burguesia endinheirada.

Destacam-se a entrada, com frontões triangulares, janelas de guilhotina e uma escada de dois braços que se desenvolve para o interior no sentido da fachada secundária.
O carácter cenográfico da construção é facilmente constatável, sendo também notada a adaptação da construção, que tem enquadramento com o Palácio da Pena, à irregularidade do terreno.
No conjunto existem dois corpos de planta composta  - a ala esquerda, com a planta em U, que se desenvolve à volta do pátio interior, e a ala direita, com planta retangular. As fachadas principais são simétricas, de dois registos. As salas da ala esquerda são pintadas com flores e grinaldas, salientando-se a Sala Pillement, com cenas figurativas delimitadas por grinaldas e frisos; a Sala da Convenção, com cenas marítimas mitológicas.

Realce ainda para a ampla escadaria de dois braços e três lanços, que dá acesso ao andar inferior. Refira-se que o Palácio de Seteais foi descrito como abandonado na obra de Eça de Queirós “Os Maias”. Felizmente que essa é uma informação do domínio da ficção e, hoje, é possível a qualquer turista usufruir das suas instalações e viver todo o romantismo, glamour e mistério que Sintra oferece em doses bem generosas.

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