Começou há dois dias em Lisboa uma mostra de cinema italiano que traz à capital portuguesa algumas das melhores películas de sempre do cinema feito naquele país do sul da europa. Até 2 de abril, o cinema São Jorge e a cinemateca portuguesa receberão dezenas de filmes, para vários públicos e gostos.
Há vários pontos de
interesse, nesta oitava edição da festa do cinema italiano em Portugal. A maior
de todas é sem dúvida a exibição integral da célebre série “Gomorra”, de Stefano
Sollima, Francesca Comencini e Claudio Cupellini.
Haverá também homenagem
ao mestre Fellini e a Ettore Scola, com a exibição da sua última obra – “Que
estranho chamar-se Federico”.
Por falar em estreias,
podemos ver pela primeira vez “O rapaz invisível” de Gabriele Salvatore e “Inquietos”
de Saverio Contanzo.
Para mim, o grande ponto
de interesse desta overdose de cinema italiano está na possibilidade de
revisitar grandes realizadores e importantes filmes, projetados novamente na grande
tela do cinema. Será emocionante rever no grande ecrã uma das obras-primas do cinema
de todos os tempos: “Cinema Paraíso” de Giuseppe Tornatore, agora apresentado
em versão digital. Interessante também voltar a ver “Era uma vez na América” e “O
Bom, O Mau e o Vilão” de consagrado Sergio Leone.
Para quem está farto de
clássicos e prefere novidades, pode encontrar na denominada secção competitiva
filmes como “Le Cose Belle”, de Agostinho Ferrente ; “Almas Negras” de Francesco Munzi ; “Incompresa” de Argento; “In
Grazia di Dio” de Eduardo Winspeare ou “Idade à Flor da Pele” de Duccio Chiarini.
Ver ou rever cinema italiano é mais do que redescobrir uma língua belíssima; é voltar à infância.
É certo que o cinema italiano nunca venderá tão maravilhosamente como os seus monumentos ou a bela paisagem da Toscânia, mas nele encontramos o sorriso maroto das raparigas do sul da europa, os códigos de honra da cosa nostra, as paixões lentas, com o mediterrâneo ou o adriático em fundo.
Há muito que o cinema italiano deixou o circuito comercial. Podemos vê-lo em festivais como o de Veneza, Cannes ou Berlim ou em eventos como este.
Cada filme dar-nos-á um pouco da alma dum povo tão rico, tão diverso e tão europeu.
Felizmente os organizadores desta mostra tiveram a excelente ideia de pôr o evento a percorrer o país até meados de maio. A magia do cinema andará pelo Porto, Coimbra, Caldas da Rainha, Loulé e Évora, espalhando a arte, a beleza e o glamour de um dos cinemas europeus com mais classe.
Gabriel Vilas Boas
Ver ou rever cinema italiano é mais do que redescobrir uma língua belíssima; é voltar à infância.
É certo que o cinema italiano nunca venderá tão maravilhosamente como os seus monumentos ou a bela paisagem da Toscânia, mas nele encontramos o sorriso maroto das raparigas do sul da europa, os códigos de honra da cosa nostra, as paixões lentas, com o mediterrâneo ou o adriático em fundo.
Há muito que o cinema italiano deixou o circuito comercial. Podemos vê-lo em festivais como o de Veneza, Cannes ou Berlim ou em eventos como este.
Cada filme dar-nos-á um pouco da alma dum povo tão rico, tão diverso e tão europeu.
Felizmente os organizadores desta mostra tiveram a excelente ideia de pôr o evento a percorrer o país até meados de maio. A magia do cinema andará pelo Porto, Coimbra, Caldas da Rainha, Loulé e Évora, espalhando a arte, a beleza e o glamour de um dos cinemas europeus com mais classe.
Gabriel Vilas Boas
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