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segunda-feira, 30 de março de 2015

AO SOM DE... JOAN BAEZ


Joan Baez está de novo em Portugal. Cinco anos depois da sua última visita, a rainha do folk norte-americano regressa aos palcos portugueses para rever amigos de sempre e mostrar aso mais novos músicas que fizeram a grande caminhada pelos direitos humanos nos loucos anos 60/70 do século XX, quando Baez, no auge da sua carreira, emprestou a sua voz e as suas canções às causas de Martin Luther King, Nelson Mandela ou César Chaves.
Joan Baez tem mais de cinquenta anos de carreira, onde interpretou mais de trezentas canções, espalhadas por cerca de três dezenas de álbuns. Em todas as suas composições, nota-se a tranquilidade duma pacifista, duma lutadora que fez da música instrumento para alcançar a felicidade.

Ao ouvir Joan Baez, é impossível não ser invadido por um sentimento de paz e otimismo num mundo mais justo.
Amanhã no Porto e no dia seguinte em Lisboa, o público português vai poder ouvir de novo uma mulher determinada, feliz com o caminho percorrido e capaz de nos pôr in the road to the happiness.
A senhora Baez ainda tem uma voz encantadora. Aos 74 anos, talvez já não consiga chegar às notas mais altas, mas permanece aquele brilho no olhar que em 1965 entoou “We shall overcome” de que não resisto a citar um pouco da letra:




We shall overcome,
We shall overcome,
We shall overcome, some day.

Oh, deep in my heart,
I do believe
We shall overcome, some day.

We'll walk hand in hand,
We'll walk hand in hand,
We'll walk hand in hand, some day.

Oh, deep in my heart,

We shall live in peace,
We shall live in peace,
                                                We shall live in peace, some day.

Oh, deep in my heart,

We shall all be free,
We shall all be free,
We shall all be free, some day.

Oh, deep in my heart,

We are not afraid,
We are not afraid,
We are not afraid, TODAY

Baez cantou, interpretou, lutou com a sua guitarra e a sua voz, por alguns dos direitos que hoje usufruímos. Talvez amanhã e quarta-feira sejam das últimas oportunidades que teremos para a ver ao vivo, para lhe dizermos muito obrigado, por uma vida inteira de belas canções e uma luta sem tréguas pelos direitos humanos.

Já há poucos artistas como Baez. Hoje canta-se pela fama, pelo dinheiro, pela reputação ou então para afirmar um talento ímpar. Baez pertence a uma casta rara de artistas que cantou por causas universais.
Gabriel Vilas Boas

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