O Teatro Rivoli é um dos equipamentos
culturais mais importantes e bonitos da cidade do Porto.
Situado numa das praças mais modernas da
Invicta – a praça Dom João I – assumiu-se desde meados do século passado como a
grande sala de espetáculos da cidade portuense. Pelo seu palco passam
espetáculos de dança, teatro, dança, marionetas, música, ópera, cinema. O
Rivoli alarga o leque de oferta cultural da cidade, pois tem uma programação
complementar ao Teatro Carlos Alberto e ao Teatro Nacional São João.
O Rivoli nasceu em 1913, como Teatro Nacional, mas as mudanças no centro da cidade obrigaram a obras e pouco anos após a sua abertura já o arquiteto Júlio José de Brito era chamado a pensar um novo Rivoli, onde a projeção de filmes também fosse possível.
O Rivoli nasceu em 1913, como Teatro Nacional, mas as mudanças no centro da cidade obrigaram a obras e pouco anos após a sua abertura já o arquiteto Júlio José de Brito era chamado a pensar um novo Rivoli, onde a projeção de filmes também fosse possível.
Reabriu em janeiro de 1932, já com novas
valências, permitindo que o teatro desse lugar ao cinema ou à dança,
contribuindo para uma maior amplitude da arte portuense. No entanto, a evolução
do espetáculo artístico a necessidade de uma maior comodidade por parte dos
espetadores ditaram nova intervenção, na derradeira década do século XX, a cargo
do arquiteto Pedro Ramalho. São criados um segundo auditório, um café concerto,
uma sala de ensaios e o foyer dos
artistas. Por essa altura já o Rivoli era a casa do Fantasporto e Rui Veloso já
o tinha associado ao seu “Anel de Rubi”.
Durante catorze anos (1993-2007), Isabel
Alves Costa assumiu a direção artística do Rivoli, transformando-o numa sala de
espetáculos referência da cidade, sobretudo nas áreas da dança e do novo circo.
Quando o anterior presidente da câmara do
Porto, Rui Rio, assumiu a edilidade, decidiu concessionar o Rivoli a privados, tendo
a empresa de Filipe La Féria sido a escolhida para dinamizar o teatro. Ainda
que debaixo de fortes protestos da comunidade artística portuense, La Féria
trouxe para o Porto o seu conceito de teatro, fundado essencialmente no teatro
de revista, mas o público portuense não apreciou particularmente a experiência.
Durante sete anos o Rivoli foi o centro da
controvérsia do panorama cultural portuense, até que a eleição de novo
Presidente da Câmara, em 2014, ditou o regresso do Rivoli à gestão pública.
Integrando o Teatro Municipal do Porto juntamente com o Teatro do Campo Alegre,
o Rivoli, sob direção artística de Tiago Guedes, voltou a estar ao serviço das Companhias da cidade e voltou a dar primazia à dança, sendo frequente, atualmente, encontrarmos em cartaz espetáculos da Companhia Nacional de Bailado.
No sábado passado, a direção artística do
Rivoli preparou uma festa do 84.º aniversário com dezoito horas seguidas de
espetáculos. Os mais novos tiveram direito à estreia nacional de Partituur,
da croata Ivanna Muller – um jogo performativo que permite aos mais pequenos
jogar e refletir em simultâneo. Os mais velhos tiveram direito a um espetáculo
de dança – Ha – coreografado pela marroquina Boucha Ouizguen e criado a
partir das quadras do poeta persa Djlaâl ad-Din Rûmi. Antes houve declamação de
poesia portuguesa e depois música até às cinco da madrugada, no bar Passos
Manuel, ao som do coletivo D.M.A. (Disco My Ass).
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