Amanhã é dia de Globos de Ouro. A
cerimónia anual de entrega de prémios de cinema e televisão da Associação de
Jornalistas Estrangeiros de Hollywood é o primeiro grande acontecimento do ano,
no mundo das Artes, e aquece os motores para
a entrega dos Óscares daqui a umas semanas. O mundo dos atores, realizadores,
produtores, diretores técnicos fica sempre muito entusiasmado com estes prémios
na medida em que eles representam a visão dos “estrangeiros” sobre aquilo que
Hollywood produz e abre portas no mercado europeu e asiático.
Nos últimos anos, a organização tem um
enorme esforço por promover este evento que no ano passado foi visto por 21
milhões de americanos, marca só suplantada pela gala de 2004, vista por 27
milhões de pessoas, só nos EUA. Tal como acontece com as cerimónias de entrega
dos Óscares, a noite dos Globos de Ouro também está cheia de pequenas/grandes estórias: umas divertidas, outras
azedas, algumas insólitas.
Por exemplo, em 1973, Marlon Brando
decidiu boicotar a cerimónia, recusando o prémio de melhor ator pela sua
interpretação em O Padrinho, em
protesto contra o racismo existente nos EUA.
Seis anos mais tarde, Oliver
Stone criou uma enorme tensão na sala, durante o discurso de agradecimento pelo
seu Globo na realização de Expresso da
Meia-Noite, quando criticou o seu país por causa da lei sobre as drogas.
Assobiado, foi removido do palco pelas seguranças. Já Christine Lahti também
provocou tensão na organização, mas por outros motivos. A protagonista da série
televisiva Médicos Sem Fronteiras
estava na casa de banho quando o seu nome foi anunciado para subir ao palco.
Como the show must go on e havia
vários “palhaços” de prevenção ali à mão, vários atores subiram ao palco para
dizer umas piadas para entreter a audiência enquanto Christine fazia as suas
necessidades mais básicas.
Para amanhã, esperar-se que o humorista
Ricky Gervais deixe de lado as suas piadas de mau gosto, com que brindou o
público em 2011, e mostre o seu melhor com simpatia e respeito pelos atores e
espetadores.
Entre os nomeados desta 73.ª edição dos
Globos de Ouro destacam-se o filme Carol,
apontado em cinco categorias, e os atores Leonardo Di Caprio, Cate
Blanchett, Stallone, e Jane Fonda. Certo, certo é que Denzel Washington
receberá o Globo de Ouro (pesa dois quilos e custa 740 euros) pela sua
extraordinária carreira de ator e haverá
muito Moët & Chandon para brindar
e beber entre palmas, prémios e mais alguma estória incomum.
Cá por mim, espero que Carol arrebate o Globo de Melhor Filme
(drama) e Joy vença na categoria de
comédia; que Alicia Vikander (“A Rapariga Dinamarquesa”) triunfe como melhor
atriz (drama) e Di Caprio faça o mesmo, entre os homens; que Michael Shannon
leva a estatueta de Melhor Ator Secundário pelo seu desempenho em “99 Casas”;
que Inside Out – Divertida Mente seja
premiado como melhor filme de animação e Ellie Goulding veja o seu Love Me Like You Do coberto de ouro e de
glória. Estão são as minhas apostas, agora, façam as vossas.
Gabriel Vilas Boas
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