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sábado, 30 de janeiro de 2016

SLOW TIME LOVE, Blind Zero


Passaram ontem 22 anos que os Blind Zero se juntaram pela primeira vez para criar música. A banda de Miguel Guedes, Nuno Espinheira, Pedro Guedes, Vasco Espinheira e Mário Ventura escolheu o início de 1994 para se lançar numa aventura musical que já dura há mais de duas décadas.
Poucos meses depois desse primeiro ensaio surge o primeiro EP, Recognize, que alcança surpreendentemente um enorme êxito entre o público português, encorajando a banda a editar o primeiro álbum, «Trigger», muito bem recebido pela crítica musical assim como pelo público, que o fez Disco de Ouro, caso inédito até então, para um disco de rock, cantado em inglês, por uma banda portuguesa.

Nessa altura Miguel Guedes ainda tinha cabelo comprido e a banda procurava corresponde a todas as oportunidades que tinha para se mostrar.
Desse álbum inicial, que agora completa vinte anos, faziam parte temas como “Big Brother”, “More Than Ever”, “No Soul”, “Amem”, “Keeping in Wonder”, que foram fazendo o estatuto do grupo dentro da música rock nacional.
Com a passagem dos anos, o grupo sofreu algumas alterações, mas o sucesso foi aumentando à medida que os álbuns foram saindo. O mais recente trabalho, Luna Park, contém a música do grupo que mais admiro – Slow Time Love. Esta música tem o ousado e jovem ritmo do rock, a melodiosa voz de Miguel Guedes a remeter-nos para a sensibilidade da letra, e um toque de música eletrónica que desperta os sentidos e o corpo para a pista de dança.


Slow Time Love é uma música que desafia os nossos sentidos e emoções. O início é a melhor parte, quer do ponto de vista musical quer ao nível da qualidade da letra. A ideia musical inicial surpreende-nos e a letra propõe coisas grandiosas:  
Bring down the world
I hold the map, you start a fire
We'll meet where the sun burns
Lançado o desafio, a música desenvolve um diálogo desafiante e misteriosamente sedutor, que leva o ouvinte a segui-la, sempre à espera que mais de um desenvolvimento novo ou da repetição daquele trecho inicial tão gostoso. O jogo rítmico proposto nunca deixa cair essa tensão e o mistério adensa-se até ao final inesperado e doce que nos deixa com vontade viver um amor intenso durante um tempo longo.

Gabriel Vilas Boas

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