Frank Gehry é um dos mais renomados
arquitetos mundiais. Quem não conhece obras como o do Museu de Guggenheim, em
Bilbao, a Casa Dançante, em Praga, ou a Fundação Louis Vuitton, em Paris, cujos
projetos de arquitetura levaram a sua assinatura?
Hoje proponho-vos um breve olhar sobre o
Biomuseo, no Panamá. Um projeto lindíssimo de Gehry, inserido numa paisagem
única e deslumbrante, onde a modernidade das formas se cruza com o colorido
tradicional dos povos sul-americanos.
O 1.º projeto de Frank Gehry na América
Latina usou materiais e técnicas inéditos no Panamá. Projetando uma silhueta
inovadora, radical e moderna face ao panorama arquitetónico panamiano, o
Biomuseo chama a atenção pelo seu colorido e não só.
Inserido numa área de 4100 m2 ,
Gehry estruturou o seu projeto em três partes: o edifício do museu, a
expografia e o parque circundante.
O elemento central do projeto é um átrio
público, ao ar livre, coberto de marquises metálicas, desenhadas para proteger
os visitantes das proverbiais chuvas panamianas. Ao que parece não protege
suficientemente, pois alguns turistas têm-se queixado dos pingos trazidos pelo
vento… À volta do átrio central, projetam-se a loja do museu, uma cafetaria, um
espaço para exposições temporárias assim como duas alas de exposição permanente
do edifício.
O átrio central situa-se num nível elevado
em relação ao solo e permite ao visitante desfrutar das maravilhosas vistas
para a cidade e para o famoso canal do Panamá, ao mesmo tempo que serve de ligação
entre as duas alas de exposição do edifício e protege as partes interiores.
A parte de exposição (que Gehry desenhou
em parceria com a Bruce Mau Design), instrói quem visita o Biomuseo sobre o
Istmo do Panamá e a sua função de modelador do meio ambiente.
A expografia desenvolve-se em oito
galerias, onde podemos aprender muito sobre biodiversidade e a história natural
e geográfica do Panamá. Através das exposições, o turista perceciona como as
diversas forças da natureza podem afetar o Homem e a interligação necessária
entre os seres vivos para a sobrevivência da fauna e da flora.
O terceiro elemento fundamental deste
projeto de Frank Gehry é o Parque da Biodiversidade. Este parque transporta a
exposição narrativa do Biomuseo para a paisagem urbana que existe à sua volta.
Neste Parque da Biodiversidade foram instaladas estações educativas que
incentivam os visitantes a experimentar e desse modo perceber melhor a
interação entre animais e plantas. Gehry teve o cuidado de pensar este parque
não apenas para os turistas mas também como um espaço público e utilizável
pelos moradores dos arredores.
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