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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O BIOMUSEO DO PANAMÁ, de Frank Gehry



Frank Gehry é um dos mais renomados arquitetos mundiais. Quem não conhece obras como o do Museu de Guggenheim, em Bilbao, a Casa Dançante, em Praga, ou a Fundação Louis Vuitton, em Paris, cujos projetos de arquitetura levaram a sua assinatura?
Hoje proponho-vos um breve olhar sobre o Biomuseo, no Panamá. Um projeto lindíssimo de Gehry, inserido numa paisagem única e deslumbrante, onde a modernidade das formas se cruza com o colorido tradicional dos povos sul-americanos.


O 1.º projeto de Frank Gehry na América Latina usou materiais e técnicas inéditos no Panamá. Projetando uma silhueta inovadora, radical e moderna face ao panorama arquitetónico panamiano, o Biomuseo chama a atenção pelo seu colorido e não só.
Inserido numa área de 4100 m2 , Gehry estruturou o seu projeto em três partes: o edifício do museu, a expografia e o parque circundante.


O elemento central do projeto é um átrio público, ao ar livre, coberto de marquises metálicas, desenhadas para proteger os visitantes das proverbiais chuvas panamianas. Ao que parece não protege suficientemente, pois alguns turistas têm-se queixado dos pingos trazidos pelo vento… À volta do átrio central, projetam-se a loja do museu, uma cafetaria, um espaço para exposições temporárias assim como duas alas de exposição permanente do edifício.
O átrio central situa-se num nível elevado em relação ao solo e permite ao visitante desfrutar das maravilhosas vistas para a cidade e para o famoso canal do Panamá, ao mesmo tempo que serve de ligação entre as duas alas de exposição do edifício e protege as partes interiores.

A parte de exposição (que Gehry desenhou em parceria com a Bruce Mau Design), instrói quem visita o Biomuseo sobre o Istmo do Panamá e a sua função de modelador do meio ambiente.
A expografia desenvolve-se em oito galerias, onde podemos aprender muito sobre biodiversidade e a história natural e geográfica do Panamá. Através das exposições, o turista perceciona como as diversas forças da natureza podem afetar o Homem e a interligação necessária entre os seres vivos para a sobrevivência da fauna e da flora.


O terceiro elemento fundamental deste projeto de Frank Gehry é o Parque da Biodiversidade. Este parque transporta a exposição narrativa do Biomuseo para a paisagem urbana que existe à sua volta. Neste Parque da Biodiversidade foram instaladas estações educativas que incentivam os visitantes a experimentar e desse modo perceber melhor a interação entre animais e plantas. Gehry teve o cuidado de pensar este parque não apenas para os turistas mas também como um espaço público e utilizável pelos moradores dos arredores.  

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