As
pontes são dos elementos arquitetónicos mais apelativos das cidades construídas
nas margens de um rio.
Em
vários pontos do globo, construíram-se, ao longo dos séculos, pontes ora
imponentes, ora extensas, ora visualmente arrojadas, ora arquitetonicamente
dialogantes com a paisagem natural e urbana.
Há
cidades que têm na ponte o seu ícone máximo, pela dimensão histórica, cultural
e económica que este tipo de construção humana lhes confere. Quem não se lembra
da ponte sobre o rio Rialto e da ponte Vecchio, em Florença? Ou da Golden Gate;
do viaduto de Milau em França; da ponte sobre a Baía de Sidney? Quando falamos
em pontes, muitos se lembram instintivamente da ponte de Londres e da Tower
Bridge, enquanto os brasileiros recordarão a sua Jucelino Kubitshek, em
Brasília. Eu tenho um fraquinho pela ponte Carlos em Praga e a Ponte Széchenyi
em Budapeste. Talvez os portuenses prefiram a D. Luís e os lisboetas tenham
especial carinho pela sua Ponte 25 de Abril. Enfim, a lista é imensa e
ilustríssima.
Recentemente
o sítio da internet Designboom,
especialista em arquitetura, design e arte, fez uma seleção (subjetiva, como
é óbvio) das melhores recentes pontes do mundo e aí colocou surpreendentemente a
Ponte Cor de Laranja, que liga Telheiras às Torres de Lisboa, na capital
portuguesa.
Os peritos do Designboom elogiaram o
dinamismo que emana desta obra de arte urbana.
Posicionada sobre uma autoestrada,
a Ponte Cor de Laranja não tem as esperadas e inestéticas colunas na estrada.
Inaugurada em fevereiro de 2015, esta ponte foi construída com base no projeto
da dupla de arquitetos Maximina Almeida e Telmo Cruz e apresenta como grande
inovação o uso das vigas laterais, ao invés das colunas ao centro, como
estrutura de suporte.
Talvez o efeito visual seja mais
surpreendente que apelativo, mas é um facto que esta ponte inova e procura
responder a um efetivo problema de mobilidade de um importante aglomerado populacional
da cidade de Lisboa, criando uma oportunidade. É que além da mobilidade, esta
ponte promove o exercício físico, com rampas, escadas e espaços para
bicicletas, procurando responder às necessidades de uma população urbana que
exige outras formas de descomprimir do stress laboral que não sejam as quatro
paredes de um ginásio.
Apenas por curiosidade deixo o nome e
algumas imagens de outras novas pontes que rasgam os horizontes na arquitetura
e design atuais.
Ponte Cirkelbroen, em Copenhaga (na foto ao lado) ; Ponte “Morcego”,
em Monster, na Holanda, construída para ser um abrigo para os morcegos; a ponte
móvel Nomanslanding Dome, na Alemanha, construída para um evento, cuja esfera
central pode ser separada em duas, tornando-se também num ponto de observação
da água e a Ponte de Vidro, no Parque Nacional de Shiniuzhai, na China, que
permite passar sobre a fenda entre dois precipícios. Gabriel Vilas Boas
Ponte "Morcego" |
Ponte de Vidro, na China |
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