O dia 7 de dezembro será sempre um dia marcante na história do século XX, pois neste dia, no ano de 1941, a Segunda Guerra Mundial conheceu um dos seus momentos mais decisivos: o ataque japonês a Pearl Harbor que fez com que os EUA entrassem na guerra e ajudassem decisivamente a derrotar as tenebrosas forças do Eixo. Entretanto, sempre convém lembrar que aquilo que os japoneses começaram em Pearl Harbor só teve desfecho em Hiroshima e Nagasaki, numa das páginas mais triste da história da humanidade e que condicionou até hoje a maneira do ser humano ver a guerra.
Voltando a Pearl Harbor e ao dia 7 de dezembro de 1941. A Força Aérea japonesa atacou a base-naval norte-americana no Havai, sem qualquer aviso prévio (ao contrário do que o embaixador japonês havia sido incumbido de fazer, trinta minutos antes do ataque), afundando ou danificando 18 navios (incluindo 8 couraçados), destruindo 188 aviões e provocando mais de 2400 vítimas mortais.
No dia seguinte, o presidente dos EUA,
Franklin Roosevelt dirige um discurso ao Congresso, explicando o ignóbil ataque
pelas costas de que o país fora alvo. Roosevelt tomou por certo que o ataque
fora deliberado e cuidadosamente planeado e não poupou na descrição
pormenorizadas dos locais atingidos pelos nipónicos.
Em resposta ao discurso do seu presidente,
o Congresso norte-americano emitiu uma declaração formal de guerra.
Os japoneses não perceberam logo a
gravidade do que tinham feito e o primeiro-ministro Hideki Tojo até chegou a
exclamar: “O sucesso do ataque-surpresa a Pearl Harbor foi uma bênção dos céus”,
mas o seu almirante, Yamamoto, estava perfeitamente consciente de que aquilo que
tinham feito foi “apenas” acordar um monstro adormecido e que a sua reação
seria terrível. Mas nem ele nem ninguém pensou que atingisse as proporções alcançadas com o lançamento das bombas atómicas, em agosto de 1945, sobre duas cidades japonesas.
O dia 7 de dezembro de 1941 foi um daqueles
dias decisivos que não só mudou o guião da Segunda Guerra Mundial como mudou o
curso da própria História.
Gabriel Vilas Boas
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