No dia 15 de dezembro, mas de 1675, a
Idade do Ouro da pintura holandesa perdeu uma das suas mais talentosas e
célebres figuras: Johannes Vermeer.
O mais ilustre cidadão de Delf não pintou muito, mas tudo o que fez tem a qualidade dos génios. As suas composições pictóricas revelam um uso brilhante da luz e cores transparentes.
O mais ilustre cidadão de Delf não pintou muito, mas tudo o que fez tem a qualidade dos génios. As suas composições pictóricas revelam um uso brilhante da luz e cores transparentes.
Vermeer é conhecido pelas suas cenas interiores domésticas, onde as protagonistas são as mulheres. Ao invés, os temas das paisagens foram muito pouco abordados. Só conhecemos das telas onde nos deu a conhecer Delf, a sua cidade natal.
De qualquer maneira, convém lembrar que o
facto de ter morrido com apenas quarenta e três anos faz de Johannes Vermeer um
artista com muito pouca obra realizada.
A maioria das suas obras possui um
carácter alegórico tal como o quadro presente, onde vemos uma mulher a tocar o
virginal, versão mais pequena do clavicórdio. Esta mulher, em vez dirigir o seu
olhar para o instrumento que está a tocar, remete-o para o espectador. Tendo em
conta que através da música se pode fazer alusão ao amor, o facto de haver uma
cadeira vazia poderá sugerir a ausência de um namorado que, provavelmente, está
em viagem.
O cupido que aprece na parede contígua segura nas suas mãos um naipe ou uma pequena tábua que parece simbolizar a fidelidade a um só homem, tal como se vê num livro holandês contemporâneo da pintura.
O cupido que aprece na parede contígua segura nas suas mãos um naipe ou uma pequena tábua que parece simbolizar a fidelidade a um só homem, tal como se vê num livro holandês contemporâneo da pintura.
Neste óleo de pequenas dimensões (52x45
cm), datado de 1670, destacaria dois pormenores: o rosto da jovem e o chão.
No primeiro caso, reparamos que Vermeer
fez deslizar sobre o rosto da jovem mulher uma rede transparente que lhe cobre
o cabelo. Através dela percebemos o sorriso tímido da jovem para o espectador.
No seu caso, Vermeer pintou um chão
tipicamente da Holanda, que no entanto revela aqui uma pequena nuance: os
azulejos azuis e brancos são típicos da sua terra natal, Delfos.
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