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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

MESSIAS, de Händel


A 14 de setembro de 1741, o compositor germânico naturalizado britânico, Händel, terminou “Messias”, a sua mais famosa e popular obra, que não a mais virtuosa.
“Messias” é uma oratória de duas horas e meia (pode ser de duas horas e quinze minutos, conforme as interpretações) que “narra” a vida de Jesus Cristo desde a sua anunciação profética até à ascensão ao céu. Os cinquenta e um movimentos que constituem as três partes da oratória de Händel descrevem os momentos mais significativos da vida do fundador do cristianismo, como sejam o nascimento, os milagres realizados durante a vida e a dolorosa morte na cruz.
Embora esta oratória de Handel não seja tão conhecida na sua totalidade, pois o famoso 42.º movimento, o célebre “Aleluia” arrebata toda a nossa atenção, esta obra do compositor germânico está impregnada de espiritualidade e nela podemos reconhecer toda a fé e fervorosa devoção do Händel. Para aqueles que não são crentes, é justo reconhecer no “Messias” de Handel a imponência de uma composição grandiosa, adequada à figura que a inspirou. Esta composição musical extravasa a própria música, pois nela se percebe toda uma espetacularidade cénica, que a igreja não via com bons olhos dentro das igrejas. Por isso se diz que a “Messias” é uma obra religiosa, mas não sacra.
Apreciar esta oratória de Handel é deleitar-se com toda a beleza, diversidade e grandiosidade da música clássica. Sinfonia, Recitativo, Ária e Coro vão dialogando, ao mesmo tempo narram a vida de Jesus.   
Depois da sinfonia de abertura, a primeira parte (a mais conhecida em paralelo com o “Aleluia”) conta-nos a profecia e o nascimento de Cristo; a segunda parte narra os episódios do sofrimento de Cristo e culmina com o célebre 42.º movimento, o “Aleluia”, onde Handel demonstra toda a sua alegria pela vitória de Jesus sobre a morte e o pecado. A terceira parte foca o tema da Redenção.
O grande tesouro desta oratória é indubitavelmente aquele imponente “Aleluia”. Apoiado nos agudos das vozes femininas e na repetição prolongada de certas expressões como Hallelujah, o coro transborda toda a alegria pela vitória do “Messias”.
Para ouvir, com toda a atenção, durante alguns minutos, o “Aleluia”, e durante duas horas e meia toda a oratória.
Gabriel Vilas Boas

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