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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A MORTE HORRENDA DE EDUARDO II DE INGLATERRA


O rei Eduardo II de Inglaterra, muito malvisto pela nobreza devido à alegada relação homossexual com Piers Gaveston e às suas derrotas militares na Escócia, foi deposto em janeiro de 1327 por Roger Mortimer, conde de March, com a ajuda de Isabella, a amante de Mortimer e mulher francesa de Eduardo.
Com o seu filho de 14 anos, Eduardo III, no trono, sob a regência de Mortimer, constou que Eduardo II morreu a 21 de setembro de 1327, quando estava preso no Castelo de Berkeley, em Gloucestershire.
Os relatos medievais da primeira parte do século XIV dizem que “Roger Mortimer enviou ordens sobre a maneira como o rei devia ser morto. Quando viram a carta e a ordem, mostraram-se simpáticos com o rei Eduardo à hora do jantar, para que o rei não soubesse nada da sua traição. E quando ele foi para a cama e adormeceu, os traidores dirigiram-se sem fazer barulho aos seus aposentos, pousaram uma mesa grande sobre a barriga do rei e com a ajuda de outros homens comprimiram-no…. Enfiaram-lhe um longo chifre no ânus, tão fundo quanto possível e pegaram num espeto de cobre incandescente, espetaram-lho no corpo e revolveram-lhe as entranhas. E assim mataram o seu senhor e nada se soube.”
Mortimer e Isabella
Várias crónicas efabulam acerca do método horroroso dessa morte, mas nenhum é de todo fiável. Não só restam dúvidas sobre se este foi de facto o método utilizado, como da data precisa da sua morte, no entanto este relato é dos mais consensuais.
Visto aos olhos de qualquer época ou de qualquer mentalidade, estamos perante um ato cruel e ignóbil, que mancha de pecado e malvadez qualquer reinado.
Vários reinados de nobres povos ficaram marcados por atos como este. A História dos grandes é também feita de muita treva.

Gabriel Vilas Boas

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