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sábado, 5 de setembro de 2015

CATEDRAL DE SÃO PAULO, EM LONDRES


Glória suprema de Londres, a Catedral de São Paulo é um monumento ao génio humano.
Sir Christopher Wren criou três desenhos para a sua nova catedral. No entanto, os dois primeiros foram rejeitados e a catedral atual ostenta apenas uma ligeira semelhança com o terceiro.
Construída maioritariamente com pedra de Portland, esta catedral londrina contém inúmeras idiossincrasias – dois dos seus traços mais familiares, por exemplo, são enganadores. As paredes exteriores revelam dois andares distintos, mas o de cima é falso, servindo apenas para esconder os botaréus que suportam as abóbadas altas. Por outro lado, a cúpula icónica – que coroa o exterior da catedral – não corresponde à abóbada interior, que está posicionada muito abaixo, para efeito estético.

Para a construção deste monumento religioso em Ludgate Hill (Londres), o arquiteto Wren precisou de trinta e cinco anos (1675-1710) e de grandes artistas e artesãos que trabalharam no edifício. Talvez os mais conhecidos hoje sejam Grilling Gibbons (responsável pela carpintaria); Francis Bird, que esculpiu o grande frontão ocidental, sir James Thornhill, que pintou a vida de São Paulo no interior da cúpula.
O interior está praticamente como Wren o deixou. Os vitorianos adicionaram apenas algumas janelas de vitrais e mosaicos decorativos no teto, no coro e sobre os arcos principais da abóbada, mas estes fundem-se bem com a conceção grandiosa do arquiteto inglês.
Christopher Wren já tinha sido o responsável pela construção de edifícios famosos como o Sheldonian Theatre, em Oxford, e a Capela de Pembroke College, em Cambridge.
Na catedral de São Paulo, este arquiteto inglês escolhe a forma e estrutura básicas da catedral medieval, com duas torres ocidentais, uma nave comprida, uma encruzilhada central sobre a qual se ergue uma torre (cúpula) e um coro. A esta base estrutural medieval, sir Wren soube acrescentar detalhes e um estilo arquitetónico do “Barroco Inglês” renascentista. Esta combinação criada pelo famoso arquiteto inglês resultou plenamente,  por isso podemos admirar desde há três séculos uma obra extraordinária desde o pormenor ao plano geral.
Devemos começar a observação cuidada logo pela fachada ocidental, com as suas colunas gigantes. Por cima delas, temos o frontão ocidental, onde foi esculpida “A Conversão de São Paulo”, um dos melhores exemplares da escultura barroca da Grã-Bretanha. A Torre sudoeste alberga o relógio da catedral e contém o Great Paul, ou seja, o maior sino das ilhas britânicas, com 16,5 toneladas. Na encruzilhada central ergue-se nova torre com a sua cúpula de em madeira e chumbo, que parece suportar a claraboia de pedra sobre a qual se ergue. No seu interior a abóbada é adornada com oito pinturas monocromáticas de S. Paulo. Ainda na torre da cúpula podemos entrar nas galerias dos sussurros, onde um pequeno sussurro num lado da galeria pode ser ouvido do outro lado, apesar de estarmos a uma altura de mais de trinta metros.
A Catedral onde está enterrado Lord Nelson tem, no seu centro, a famosa encruzilhada, que foi projetada como auditório para a pregação de sermões. A nave é um espaço longo e propositadamente vazio, construído para acomodar procissões e grandes congregações, contém muitos memoriais de famosos. Um dos famosos que está enterrado na cripta desta catedral londrina é o Duque de Wellington. À procissão do seu funeral, em 1852, assistiram um milhão de pessoas.
Depois de analisadas a nave e a encruzilhada, o visitante deve virar a sua atenção para o coro, que se estende para leste a partir da encruzilhada. É lá que está o altar-mor, o cadeirado para o clero e o órgão. Foi aí que Carlos e Diana se uniram pelo matrimónio em 29 de julho de 1981, o que fez com que a Catedral de São Paulo ainda ganhasse mais visitantes do que já tinha.

Há três séculos a catedral de São Paulo custou aos ingleses oitenta e sete milhões de libras, o que corresponderia hoje a cem milhões de euros. Um valor gigantesco mas absolutamente condizente com a imponência, o cuidado arquitetónico e a simbologia que encerra para todos os britânicos. 

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