O pintor modernista Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), apesar de ter tido uma vida breve, pois morreu pouco antes de completar 31 anos, produziu uma vasta obra, fruto de uma grande curiosidade, persistência, dinamismo e dedicação ao trabalho. Trabalhava incessantemente nos seus quadros e a sua produção foi muito variada. Começando com as caricaturas, foi contactando com todas as correntes artísticas da sua época, não se filiando em nenhuma, antes adquirindo um estilo próprio, mais próximo de uma corrente que de outra, conforme o período da sua vida. O seu percurso evolutivo é notório através da análise das suas obras onde aparecem, muitas vezes, representações de instrumentos musicais. A alusão à música é recorrente na obra do pintor.
Paris, cidade onde viveu oito anos, era o principal centro criativo daquela época e aí se concentravam os artistas vindos de todo o lado. Por isso, é em Paris, que na procura de novas técnicas e de novas formas de expressão, surge e se concretiza a modernidade. Rompe-se com o passado e abrem-se caminhos para o futuro. Amadeo era um pintor de vanguarda, que conviveu com os grandes artistas de então, Modigliani, Brancusi e o casal Delaunay. Viajou, interessou-se por conhecer tudo que se passava à sua volta e experimentou várias tendências artísticas, influenciado pelo que viu e pelo convívio com os seus contemporâneos.
Pato, Violino e Inseto - 1916
O Parto da Viola - 1917
Canção Popular, 1916
Aqui ficam apenas alguns exemplos da presença da música na obra do pintor Amadeo de Souza-Cardoso, pois há muitos mais.
Para visualização das imagens ao som da música, fica a sugestão: Arabesque de Claude Debussy.
Margarida Assis
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