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sábado, 4 de abril de 2015

MARTIN LUTHER KING


A par de Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Martin Luther King é uma das grandes figuras do século XX. Há 47 anos foi assassinado em Menphis, aonde se tinha dirigido para apoiar uma greve dos trabalhadores dos serviços sanitários.
Os seus discursos são autênticos tratados de oratória moderna, mas a força de Luther King vinha das suas ações. Ativista político, o pastor evangélico que nasceu em Atlanta, tornou-se no mais sublime defensor dos direitos das mulheres e dos negros, nos EUA.
Luther King dedicou a sua breve vida a combater o preconceito e o racismo, adotando uma atitude pacífica mas determinada e ativa. Ele achava que o amor, a fraternidade entre os homens era a chave para alcançar um bem inegociável: a igualdade de direitos sociais e económicos.  
Martin Luther King era inspirador no discurso e mobilizador na ação. A sua vida tinha coerência, por isso foi conseguindo resultados.
O homem que costumava começar os seus discursos pelo celebérrimo “I have a dream”, ensinou-se que os sonhos foram feitos para se concretizarem. No entanto, advertiu que estes não se fazem por obra do acaso. Nesse sentido, alertou as suas gentes para a necessidade de ter um ideal por que lutar: “Se um homem não descobrir algo por que morrer, não está preparado para viver.”
Ter um ideal de vida é a melhor maneira de fugir ao conformismo, que deixa que os outros decidam a nossa vida. Antes de apontar aos inimigos, Martin Luther King mobilizava os amigos: “o que mais me preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem carácter, dos que não têm ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons”.

  Apesar de visceralmente pacifista, o pastor norte-americano não virava a cara à luta nem se intimidava quando estava em minoria. Certo dia chegou mesmo a declarar que são as minorias que transformam as sociedades. No entanto, estas precisam duma estratégia e dum líder. E para Martin Luther King um líder não era aquele que buscava o consenso a todo o custo. Para ele, o líder deve moldar o consenso aos ideais que pretende atingir e não abdicar deles por causa dum falso consenso.
            O líder dos negros norte-americanos buscava a justiça e tinha uma linha de ação para as situações de conflito que procurava seguir criteriosamente: “Um ser humano deve desenvolver, para todos os conflitos, um método que rejeite a vingança, a agressão e a retaliação. A base para esse tipo de método é o Amor.”
            Um homem tão superior e sábio tinha de granjear ondas de paixão, mas também de ódio. Com determinação foi transformando a sociedade em que vivia sem nunca se deixar intimidar. A sua ação política e social ajudou ao derrube de muitas leis segregacionistas, que vigoravam nos EUA a meio do século XX.
Em 1964, recebeu o Prémio Nobel da Paz, pois a sua ação na defesa dos direitos cívicos dos negros era já reconhecida pela comunidade internacional. Morreu antes do tempo, mas viveu o suficiente para nos iluminar o caminho com o seu exemplo, a sua coragem, os seus valores.
Gabriel Vilas Boas   

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