O Palácio da Bolsa está
localizado na parte antiga da cidade do Porto, próximo do rio Douro, e alberga
a sede da Associação Comercial Portuense. Sempre manteve a função
administrativa, que detém na atuaidade. Além disso, serve de espaço para
acolher diversos eventos culturais e exposições. Mesmo ao lado, está a fachada
lateral da igreja de São Francisco.
Trata-se dum edifício
neoclássico de planta retangular, em arcada e frontão triangular, no corpo
central da fachada principal. A sua origem remonta a 1832, ano em que um
incêndio destruiu o claustro do Convento de São Francisco. No ano seguinte, os
comerciantes foram autorizados a realizar a praça comercial nas ruínas do
convento, até que em 1841, a rainha D. Maria II concedeu à Associação
Empresarial do Porto a propriedade do convento.
O Palácio, projetado pelo
arquiteto Joaquim da Costa Lima, acabou por ser finalmente inaugurado em 1848.
Porém, entre 1911 e 1948, o Palácio da Bolsa serviu para instalar a Câmara
Municipal do Porto, acabando por ser restituído à Associação Comercial.
Um dos espaços principais do
Palácio da Bolsa é o Salão Árabe, autoria do arquiteto Tomás Augusto Soller,
inaugurado em 1880. Este possui um gosto revivalista multicolor e é a mais espetacular
realização romântica portuense. De planta oval, possui dois pisos, com arcadas
e teto de laçaria, em tons de azul, totalmente ornado de arabescos, vermelho e
dourado.
A planta do Palácio da Bolsa
desenvolve-se à volta de um pátio com coberturas diferenciadas em telhados e
quatro águas e claraboia. A fachada principal, virada para o lado oeste, é toda
em cantaria.
No interior, o vestíbulo dá
acesso ao Pátio das Nações. Este espaço é coberto por uma estrutura metálica
envidraçada. Os alçados interiores são ritmados por pilastras caneladas, que
possuem, no primeiro piso, arcos de volta perfeita envidraçados; já o segundo
piso é percorrido por uma varanda com balaustrada de ferro, portas de verga e
um frontão de janelas simples. Avistam-se escudos dos países com que Portugal
mantinha relações comerciais em meados do século XIX.
Depois deste espaço, abre-se
uma escadaria de acesso ao andar nobre com uma balaustrada que bifurca em dois
lanços no patim.
No patamar superior, as
paredes são ritmadas por pilastras lavradas e os arcos e vãos têm as vergas
igualmente lavradas. Existem doze janelas elípticas, emolduradas por medalhões
e grinaldas que circundam outros doze brasões de municípios portugueses. Neste
piso, destaca-se a sala das sessões da direção, coberta por teto de estuque
dourado. A sala das assembleias gerais, coberta por teto decorado com madeiras
e decorações a ouro é outro destaque a fazer. Há ainda o gabinete da
presidência, que conserva um teto de estuque e paredes pintadas com figuras alusivas
à Agricultura, Indústria, Comércio e Construção Naval. Realce último para a
sala de espera, com os retratos dos últimos reis de Portugal.
Deve ser uma maravilha!O meu cunhado professor de pintura no Porto,infelizmente já´falecido,foi o autor de alguns vitrais no Palácio:Isolino Vaz,
ResponderEliminarO grande mestre de pintura no Porto,Isolino Vaz,foi o autor de alguns vitrais no Palacio da Bolsa,Infelizmente,ja´falecido ele era também meu cunhado.
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