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sábado, 7 de fevereiro de 2015

O PALÁCIO DA BOLSA


O Palácio da Bolsa está localizado na parte antiga da cidade do Porto, próximo do rio Douro, e alberga a sede da Associação Comercial Portuense. Sempre manteve a função administrativa, que detém na atuaidade. Além disso, serve de espaço para acolher diversos eventos culturais e exposições. Mesmo ao lado, está a fachada lateral da igreja de São Francisco.
Trata-se dum edifício neoclássico de planta retangular, em arcada e frontão triangular, no corpo central da fachada principal. A sua origem remonta a 1832, ano em que um incêndio destruiu o claustro do Convento de São Francisco. No ano seguinte, os comerciantes foram autorizados a realizar a praça comercial nas ruínas do convento, até que em 1841, a rainha D. Maria II concedeu à Associação Empresarial do Porto a propriedade do convento.
O Palácio, projetado pelo arquiteto Joaquim da Costa Lima, acabou por ser finalmente inaugurado em 1848. Porém, entre 1911 e 1948, o Palácio da Bolsa serviu para instalar a Câmara Municipal do Porto, acabando por ser restituído à Associação Comercial.



Um dos espaços principais do Palácio da Bolsa é o Salão Árabe, autoria do arquiteto Tomás Augusto Soller, inaugurado em 1880. Este possui um gosto revivalista multicolor e é a mais espetacular realização romântica portuense. De planta oval, possui dois pisos, com arcadas e teto de laçaria, em tons de azul, totalmente ornado de arabescos, vermelho e dourado.
A planta do Palácio da Bolsa desenvolve-se à volta de um pátio com coberturas diferenciadas em telhados e quatro águas e claraboia. A fachada principal, virada para o lado oeste, é toda em cantaria.
No interior, o vestíbulo dá acesso ao Pátio das Nações. Este espaço é coberto por uma estrutura metálica envidraçada. Os alçados interiores são ritmados por pilastras caneladas, que possuem, no primeiro piso, arcos de volta perfeita envidraçados; já o segundo piso é percorrido por uma varanda com balaustrada de ferro, portas de verga e um frontão de janelas simples. Avistam-se escudos dos países com que Portugal mantinha relações comerciais em meados do século XIX.



Depois deste espaço, abre-se uma escadaria de acesso ao andar nobre com uma balaustrada que bifurca em dois lanços no patim.
No patamar superior, as paredes são ritmadas por pilastras lavradas e os arcos e vãos têm as vergas igualmente lavradas. Existem doze janelas elípticas, emolduradas por medalhões e grinaldas que circundam outros doze brasões de municípios portugueses. Neste piso, destaca-se a sala das sessões da direção, coberta por teto de estuque dourado. A sala das assembleias gerais, coberta por teto decorado com madeiras e decorações a ouro é outro destaque a fazer. Há ainda o gabinete da presidência, que conserva um teto de estuque e paredes pintadas com figuras alusivas à Agricultura, Indústria, Comércio e Construção Naval. Realce último para a sala de espera, com os retratos dos últimos reis de Portugal.
  





2 comentários:

  1. Deve ser uma maravilha!O meu cunhado professor de pintura no Porto,infelizmente já´falecido,foi o autor de alguns vitrais no Palácio:Isolino Vaz,

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  2. O grande mestre de pintura no Porto,Isolino Vaz,foi o autor de alguns vitrais no Palacio da Bolsa,Infelizmente,ja´falecido ele era também meu cunhado.

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