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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

É CARNAVAL E, INFELIZMENTE, QUASE NINGUÉM LEVA A MAL...




… que um ministro alemão tenha a grande lata de ter pena dos gregos, pois estes elegeram um governo que se comporta de maneira irresponsável. Talvez o senhor Schauble tenha razão: os gregos foram duma grande irresponsabilidade ao perdoar as dívidas alemãs, depois da Segunda Grande Guerra Mundial.
… que a assembleia da República de Portugal se prepare para fazer uma alteração ao Código Penal que prevê que os acusados de corrupção possam não ir para a cadeia se mostrarem arrependimento e devolverem os bens ou o dinheiro. Mas devolver a quem? E como sabemos que não devolvem só parte? E o que se faz se a decisão do corrompido já produziu o efeito desejado pelo corruptor?  Como diria a Teresa Guilherme, “isso não interessa nada!” Entretanto, se roubas um champô no supermercado, já não há arrependimento que te valha!
… que um reputado banco europeu (HSBC) andou anos a montar esquemas fraudulentos para que a nata da sociedade mundial não pagasse impostos das elevadas quantias que ganhava. Entretanto descobriu-se… as contas foram, como diria o ministro alemão das finanças, lamentavelmente transferidas para outro “paraíso”, o banco pede muita desculpa e… amiguinhos como dantes. Lá está, arrependeu-se! Entretanto, em Portugal, na Grécia e em Espanha, um trabalhador paga, em média, 25% de imposto sobre o rendimento do seu trabalho e não há ninguém que se arrependa de o receber.


… que um laboratório farmacêutico queira ter 5000% (não há zeros a mais, são mesmo cinco mil por cento) de lucro num medicamento vital para a cura da Hepatite C. Entretanto arrependeram-se e lá tiveram a "humanidade" de aceitar só 2000% de lucro. Um dia destes, Cavaco e Silva ainda lhes atribui uma comenda pelo 10 de junho.
… que nos EUA, o partido republicano (What else?) do Estado do Oklahoma apresente uma proposta para executar os condenados à morte com recurso às câmaras de gás!!! Hitler continua a inspirar muita gente, infelizmente.
… que as claques de dois dos principais clubes desportivos portugueses andem a desejar orgulhosamente a morte aos adeptos rivais e exibam essa pouca vergonha em tarjas gigantes, nos estádios e pavilhões dos seus clubes. Ao que parece não se arrependeram, mas também ninguém vai preso nem sequer serão proibidos de voltar ao estádio.
Pronto… e “sic gloria mundi”, afinal sempre é Carnaval e há que rir do que está mal. Todavia, há coisas que não têm piada nenhuma!

Gabriel Vilas Boas 

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