“Foi
o primeiro na guerra, foi o primeiro na paz e o primeiro no coração dos seus concidadãos.” Henry Lee
Grande
parte da grandeza dos Estados Unidos da América encontra justificação em George
Washington. Ele é o pai da América!
G.
Washington foi daqueles homens tão extraordinários e únicos, que se tornam
irrepetíveis ao longo da História. “Conheci-o” quando tinha catorze anos e li a
sua biografia, que me marcou até hoje. A ideia mais forte e impressiva que me
ficou desses tempos de adolescência foi a ter recusado um terceiro mandato
enquanto Presidente dos Estados Unidos, porque achava que o exercício do poder
deve ser limitado no tempo, caso contrário acaba por se tornar um vício que
mina a ideia de missão que deve nortear o exercício de qualquer cargo político.
Depois
de ter lutado dez anos pela independência do seu povo contra o colonialismo
inglês, Washington guindou o exército que chefiava à vitória e o povo americano à
independência. A 4 de fevereiro de 1789, foi eleito, por unanimidade, primeiro
presidente dos EUA. O seu governo foi de tal maneira exemplar que quatro anos
mais tarde voltou a ser escolhido para o mais alto cargo da nação, novamente
por unanimidade.
Entre
um mandato e outro “nasceu” Washington DC, fundada em sua honra e tornada
centro do poder norte-americano. George Washington desenvolveu muito o seu país
ao nível económico, tendo por base o capitalismo, criou o famoso sistema de
gabinete, onde quatro altos e qualificados quadros eram indicados ao Senado para
auxiliar o presidente na condução da vida económica, social, política e
militar; defendeu e implementou uma política de neutralidade em relação às
guerras na Europa.
Essa
posição nada tinha de ingratidão para com a França, cobardia ou oportunismo
político, mas antes era um claro sinal que dava ao mundo face a um objetivo maior
e comum a todos: a paz. O seu povo começou desde o berço a ser respeitado,
visto como um exemplo, um local para onde as pessoas gostavam de emigrar, pois George
Washington definiu claramente as coordenadas que distinguem os povos
maiores: paz, igualdade, democracia, desenvolvimento económico.
Apesar
de nunca o ter defendido abertamente, o primeiro presidente dos Estados Unidos
era um federalista convicto, que acreditava num sistema onde houvesse um
governo central forte, com leis rígidas e claras, que propiciasse um
desenvolvimento harmónico dos diversos Estados.
George
Washington era o padrão moral da política e sociedade americanas. Só ele podia
conter o partidarismo congénito dos americanos, fazendo ver ao seu povo quanto
de negativo essa atitude tinha para o bem comum. Quando decidiu retirar-se da
vida pública para “não dar um mau exemplo”, verberou o partidarismo e
aconselhou os seus sucessores a manterem uma política de neutralidade face ao
exterior. Depois regressou às origens, para uma propriedade que herdara e, com uma
simplicidade que só os grandes exibem, dedicou os últimos anos da vida aos
trabalhos agrícolas.
O
exemplo de George Washington inspirou muitos dos seus sucessores, mas nenhum o
igualou em grandiosidade moral, em sapiência política e oportunidade na ação.
Os
americanos tiveram Lincoln, Jefferson e Roosevelt , mas, na minha opinião,
nenhum superou George Washington. O destino não poderia ter escolhido melhor
pai para a grande nação americana.
Gabriel
Vilas Boas
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