Sam Smith acordou hoje com um grande sorriso nos lábios: aos 22 anos a imprensa norte-americana rendeu-se ao seu talento e atribui-lhe quatro Grammys: Canção do Ano (“Stay with me me”), Melhor Álbum Pop (In The Lonely Hour), Melhor Novo Artista, Gravação do Ano.
Depois de Adéle, Sam Smith é o inglês por quem a América se apaixonou. Muito por culpa do seu single “stay with me”, que se tornou viral em 2014, conquistando o coração de milhões de pessoas em todo o mundo.
A grande força da música do ano está naquele refrão que brota da alma de Sam Smith. “Stay with me” é mais que um simples pedido, é uma súplica de alguém sedento por amor, por companhia, por vida.
É esse refrão épico que guia calmamente o ouvinte pela letra como se estivesse a vaguear nas ondas da sua própria existência e recordasse a solidão que os abandonos ou as partidas deixam.
Sam Smith reconheceu que demorou a fazer música com qualidade e que isso só aconteceu quando se permitiu ser fiel à sua essência. De lá saiu um álbum vencedor e uma música doce e triste, onde muitos se reveem.
Acontece frequentemente revermo-nos naquilo que ouvimos, porque aquilo que ouvimos nasce quase sempre das experiências pessoais do seu criador. Ontem, Sam Smith lá arranjou coragem para admitir aquilo que todos já sabiam e agradeceu ao antigo namorado: “Quero agradecer ao homem de quem fala este álbum, por quem me apaixonei o ano passado. Muito obrigado por me partires o coração!”
Entretanto Sam Smith partiu imensos corações com este “Stay with me”, que nos lembra que até um coração partido pode ter algum conserto, desde que não o abandones definitivamente.
Mas o melhor é voltar a ouvir a voz e a canção do ano e deixar aquele soul tão americano entrar pela alma adentro como as marés invadem a praia num qualquer dia de verão.
Gabriel Vilas Boas
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