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domingo, 22 de fevereiro de 2015

A TEORIA DE TUDO


A poucas horas da entrega dos Óscares, em Hollywood, sucedem-se as apostas sobre qual o filme, o realizador, o ator ou a atriz que levarão para casa a estatueta dourada, símbolo de melhor do ano na sua categoria. Dos oito filmes nomeados para o Óscar de Melhor filme vi quatro, tendo-me referido a três, aqui, no blogue, no espaço dedicado ao cinema. Budapest Hotel; Boywood – Momentos De Uma Vida; Sniper Americano e a Teoria de Tudo, de que falarei hoje.

“A TEORIA DE TUDO”, de James Marsh, é um filme impressionante, tocante, comovedor, a que ninguém fica indiferente. Viu-o esta semana e fiquei esmagado pela história, verdadeira, que transpõe para a tela; pela sensibilidade do realizador, pela performance do ator Eddie Redmayne, que foi muito para além do que seria de esperar.
O filme é baseado na biografia desse génio da cosmologia de Cambridge, o físico inglês Stephen Hawking, a quem foi diagnosticada, há mais de cinquenta anos, esclerose lateral amiotrófica, com uma probabilidade máxima de dois anos de vida.
O filme retrata a vida sentimental, amorosa do físico britânico, que se vê aprisionado no próprio corpo, devido a uma doença degenerativa, enquanto abre portas ao conhecimento do universo através da sua teoria do tempo.


O filme é um hino de amor à vida, onde a capacidade de superação é levada para lá do possível. Eddie Redmayne esteve soberbo na maneira como vestiu a pele de Hawking, pois a exigência a nível físico e emocional era elevadíssima.
O filme não se destaca apenas pela força e superação que avulta na história, mas igualmente pela sensibilidade com que o realizador James Marsh filmou a história, como se comprova pelo delicado e comprometido desempenho dos dois protagonistas, justamente nomeados para Óscar. Na minha opinião, seria da mais elementar justiça Eddie Redmayne ganhar o Óscar de Melhor Ator, pois o modo como agarra o dificílimo papel de Hawking é extraordinário.

Ainda que num segundo plano, também destaco desempenho de Felicity Jones, no papel de Jane Wilde Hawking, que retrata muito bem todo o amor, a dedicação, o esforço, com a primeira esposa de Stephen Hawking viveu largos anos, ao lado do astrofísico inglês. Felicity foi uma fiel intérprete daquilo que Jane contou no livro que deu origem a este filme.
O grande mérito deste filme é a sua alma, a história de Stephen Hawking, que é uma história profundamente humana e universal, revelando que afinal a grande Teoria de Tudo continua a ser esse milagre que se chama AMOR.
Gabriel Vilas Boas

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