Recentemente considerada uma das mais belas estações de caminho-de-ferro do mundo, a ESTAÇÃO DE S. BENTO, no Porto, é uma obra arquitetónica de grande beleza, um joia que os portuenses possuem e da qual muito se orgulham.
Localizada no centro
da cidade do Porto, no caminho entre a Avenida dos Aliados e a Sé, a
Estão de S. Bento foi projetada pelo arquiteto Marques da Silva e edificada no
preciso local onde pontificava o convento de S. Bento de Avé-Maria.
Apesar de ter sido
pensada na segunda metade do século XIX, as obras de construção da estação apenas
terminaram no século XX. A inauguração foi em 1916.
Os azulejos do átrio,
da autoria de Jorge Colaço, constituem um dos símbolos da corrente nacionalista
do azulejo português do século XIX. Na época, estes azulejos foram inovadores,
pois foram pintados no vidrado e não no enxecote.
Os quadrados em
azulejos representam quadras históricas, como a Batalha de Arcos de Valdevez,
Egas Moniz perante Afonso VII de Leão e Castela, a entrada de D. João I no
Porto com a sua noiva e a conquista de Ceuta.
A Estação de S. Bento
tem traços de influência francesa, particularmente visíveis nas torres
laterais. A fachada principal, totalmente em cantaria, é de grande rigor
geométrico, apresentando um corpo central mais baixo (o átrio principal), e em
cada extremidade dois volumes mais altos, com três pisos.
Já as fachadas laterais
mantêm entre si as relações de simetria nos vãos. Quanto ao pavimento, apenas o piso térreo é assente em material cerâmico, sendo os restantes em soalho.
As paredes são em alvenaria.
Destaque ainda para a
estrutura da nave de gare de passageiros, em pilares de ferro fundido, coberta
de chapas metálicas.
Atualmente a estação
de S. Bento está catalogada como Património da Humanidade e merece uma visita
atenta e demorada numa das próximas visita à Invicta.
Sem comentários:
Enviar um comentário