2015
é o ano do centenário da morte do compositor amarantino José Coelho dos Santos.
Para celebrar esta data, ir-se-ão levar a cabo uma série de iniciativas que
visam dar a conhecer esta figura completamente desconhecida da maioria da
população e divulgar a obra deste músico amarantino, que na sua época compôs e
publicou as suas composições.
José
Coelho dos Santos nasceu no dia 11 de março de 1861, em Amarante e morreu na
mesma cidade a 16 de novembro de 1915. Pouco sabemos da vida do compositor,
apenas que viveu e trabalhou como professor de piano na cidade do Porto, casou
e teve dois filhos, que aquando da morte do compositor estavam estabelecidos no
Rio de Janeiro.
A
obra que chegou até aos nossos dias pela mão de um seu sobrinho-neto, e que em
breve será divulgada, no decorrer das comemorações, contempla essencialmente
peças para piano, o que se justifica pelo facto de ser esse o instrumento cuja
técnica José Coelho dos Santos dominava perfeitamente, a julgar pelas obras que
escreveu.
Pela
análise das obras que foram publicadas pelo compositor, podemos dizer que
Coelho dos Santos era um músico do seu tempo, que se insere no romantismo que
dominou o século XIX europeu. Algumas das suas composições foram escritas para
piano e canto, musicando belíssimos poemas de Júlio Sinde e Oliveira Passos. O
seu inegável romantismo manifesta-se nos contrastes, no uso de diferentes
tonalidades ao longo da música, expressando as emoções do compositor e
revelando os seus sentimentos mais profundos.
Vivendo
José Coelho dos Santos no Porto podemos presumir que estaria a par da vida
cultural e artística da cidade, que nesta época era intensa. Foi precisamente
nesta altura, finais do século XIX e primeira metade do século XX que se
verificou um grande desenvolvimento do comércio musical no Porto. Surgiram
estabelecimentos comerciais onde se vendiam partituras e instrumentos musicais,
o que terá sido um fator decisivo para o incremento da produção e interpretação
musical na cidade. No Porto apresentavam-se músicos de renome mundial tais como
Ravel, Bartók, Pablo Casals e Alfred Cortot. José Coelho dos Santos, apesar de
aparentemente ter sido afastado ou marginalizado pela sociedade da época, por
razões que julgamos associadas às suas convicções políticas e religiosas, não
terá sido alheio ao que se passava ao seu redor, na cidade onde vivia e exercia
a atividade de professor de música e de piano.
Ainda
não há gravações das belíssimas obras de Coelho dos Santos, mas estamos à
espera do início das comemorações para darmos a conhecer neste espaço a obra
deste compositor amarantino.
Margarida Assis
Aguardamos! Beijo!
ResponderEliminarAguardamos! Beijo!
EliminarNão sabe onde podemos encontrar partituras deste nosso compositor?
ResponderEliminarNão sabe onde podemos encontrar as partituras deste nosso compositor?
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