“Hoje é o teu dia! Hoje é o nosso dia!”
Ronaldo ganhou a Bola de Ouro, como melhor jogador do mundo em 2014, num prémio atribuído pela FIFA. Parabéns, Cristiano Ronaldo. Acima de tudo porque é um prémio justíssimo! Ronaldo foi, de facto, o melhor jogador de futebol do planeta nos últimos 365 dias.
Aos 29 anos de idade, o madeirense está numa forma fabulosa, marcando golos atrás de golos, levando o Real Madrid às conquistas mais desejadas, como a Liga dos Campeões ou o Mundial de Clubes.
O capitão da seleção portuguesa teve um ano extraordinário que confirmou o que tem vindo a fazer na última década quer no Real Madrid quer no Manchester United.
Ouvi falar pela primeira vez dele há treze anos, quando jogava futebol com um dos meus alunos, o Abel Coelho. Tinha estado na Academia do Sporting e vinha siderado com um miúdo com quem tivera oportunidade de jogar: "o Ronaldo". Segundo ele, muito superior ao craque do momento, Ricardo Quaresma, que já fazia os seus cruzamentos de trivela para esse mago do golo (entretanto caído em desgraça, por causa da cocaína) chamado Mário Jardel.
Um ano mais tarde, quando Portugal ardia por todo o lado e o Sporting inaugurava o seu novo estádio, frente ao grande Manchester United, Ronaldo fartou de driblar os consagrados jogadores da melhor equipa inglesa dos últimos trinta anos. Gary Neville, Paul Scholes e companhia estavam impressionados com a qualidade técnica do jovem prodígio sportinguista. Alex Ferguson determinou a sua compra por astronómico valor de (para a altura) quinze milhões de euros, mas Ronaldo fez render muito bem esse investimento.
Em Inglaterra perdeu a mania das fintas inconsequentes e com os melhores foi marcando golos atrás de golos, ganhando títulos, recebendo elogios. Esteve seis anos em Inglaterra, onde jogou quase trezentas partidas e assinou 118 golos. Chegou há cinco anos a Madrid, como uma vedeta internacional, polvorizando o recorde de dinheiro pago pela transferência dum jogador de futebol: foram quase 100 milhões de euros gastos pelo Real Madrid ao Manchester, mas mais uma vez Ronaldo haveria de provar que não era um jogador caro.
Desde que está em Madrid, Ronaldo marca golos com a regularidade dum extraterrestre, ganhou a Bola de Ouro (prémio anual para o melhor jogador do mundo) três vezes, ajudou o Real a vencer a tão desejada 10.ª Liga dos Campeões, ajudou a quebrar a hegemonia duma das melhores equipas de sempre: o Barcelona, treinado por Pep Guardiola.
Cristiano Ronaldo é, com toda a justiça, o orgulho dos portugueses. Ele que nunca se recusa a jogar, ele que mesmo magoado quer sempre dar o seu contributo, ele que nunca se cansa de procurar sempre mais e mais e mais!
É verdade que Ronaldo é vaidoso, é verdade que a sua carreira na seleção está bem longe do que seria desejado, mas o futebol é um desporto coletivo e Ronaldo nasceu numa geração pós ouro.
Hoje Ronaldo arrecadou a sua terceira bola de ouro em seis anos. Já não tem mãos para as suas bolas, mas continua a ter ambição suficiente para almejar mais! Também por isso ele é um farol de inspiração que devemos seguir!
Gabriel Vilas Boas
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