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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

SIMÓN BOLÍVAR




Se há homem marcante na História da América do Sul, esse homem é Simón Bolívar. O grande libertador dos povos venezuelano, colombiano, peruano, boliviano e equatoriano foi um homem de baixa estatura, determinado, audaz, democrata, romântico e totalmente apaixonado pela liberdade.

Morreria tuberculoso, pobre, longe da pátria, incompreendido pelos fiéis de muitas batalhas, mas completamente convicto que realizou o sonho de muitos milhares e especialmente o seu: libertar a sua gente do domínio espanhol. Conseguiu-o porque era um general bravíssimo, um estratega raro, mas sobretudo um homem determinado que amava a liberdade e o seu povo.




Ficou órfão ainda não tinha feito dez anos, mas isso talvez lhe tenho enrijado o carácter. Estudou em Espanha, admirou Napoleão, mas procurou imitar George Washington, quando chegou a hora de procurar uma ideia de governo para os países que libertou do jugo castelhano. 

Simón Bolívar existiu pouco tempo, mas viveu muito. Quando os reis portugueses fugiam para o Brasil com medo dos generais de Napoleão, Simón dava o primeiro sinal, aos espanhóis, dos seus intentos. Demorou alguns anos até escorraçar o carrasco castelhano, mas em 1919 a Venezuela pode respirar definitivamente o doce perfume da liberdade. Em cinco anos, “El Libertador” triunfou na Colômbia, no Perú, no Equador, enviando os espanhóis de regresso a casa em seus galeões. 




Por volta de 1825, o seu poder e reconhecimento estavam no máximo e Símón Bolívar sonhava aplicar à América do Sul o projeto de Estados Federados com que George Washington uniu os americanos do norte. Tinha como base a República da Grande Colômbia (Venezuela, Colômbia e Equador) e esperava que outros povos se unissem ao seu projeto. Demasiado idealista, Bolívar não percebeu que os sul-americanos têm mais apetência pela independência que pela união e por isso o seu projeto foi rejeitado. Lutou até ao fim pela não dissensão dentro da Grande Colômbia, mas apenas conseguiu adiar a inevitável separação. 


A sua vida caminhava inexoravelmente para o fim. As palmas sumiam-se e os detractores alcunhavam-no de ditador, mas Simón amava a liberdade e a democracia. 
Era, na verdade, um homem ambicioso, às vezes assumia posturas de ditador; porém esteve sempre mais preocupado em preservar a democracia e assegurar o bem-estar de seu povo do que com suas ambições pessoais. O trono foi-lhe oferecido, mas ele o recusou. Presume-se que ele considerava o título de "El Libertador" maior que qualquer título real.
Não há dúvidas de que Bolívar foi o principal líder na libertação das colónias espanholas na América do Sul. 

De certa forma, Simón Bolívar foi ainda mais notável que o pai da independência norte-americana, George Washington. Diferente de Washington, Bolívar libertou qualquer escravo que encontrava durante suas batalhas e tentou abolir a escravidão em todo território por ele libertado. 
Simón Bolívar era um romântico e um idealista, com grandes ambições políticas, mas desprezava o dinheiro: entrou na política como um homem rico e faleceu muito pobre. 
A História recordará Bolívar como um dos maiores heróis na história da América do Sul.
Gabriel Vilas Boas

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