Natal é tempo de levar as crianças ao circo, esse maravilhoso espetáculo de entretenimento que nos fascina muito para além da idade em que somos crianças. Ontem, à noite, fui ver o QUIDAM – do CIRQUE du SOLEIL, no Meo Arena, e tal como qualquer criança fiquei maravilhado com aquilo que vi.
A sala está quase repleta duma plateia encantada com este espetáculo da companhia de circo mais famosa do mundo. O “Quidam” é um espetáculo de 1996, mas continua a cativar milhões de pessoas em todo o mundo. Este Natal foi a vez da nave espacial “Cirque du Soleil” aterrar em Lisboa.
Todos os números da companhia foram executados com uma espetacularidade fora do comum, mas alguns houve que me impressionaram deveras. Adorei o número do salto à corda, inspirado no ritmo da dança, que envolveu todos os elementos da companhia na criação duma coreografia inovadora onde a arte de manipular e saltar à corda atingiu a perfeição. Os acrobatas, exibindo uma capacidade de coordenação e ritmo incomuns, executaram correntes sucessivas (em solo, duos, e grupos) de saltos à corda e dança.
Outro número marcante foi o que uma acrobata muito talentosa apresentou com tecido encarnado suspenso no teto. Força e graciosidade combinaram-se de modo perfeito, ao som duma música belíssima, de maneira que tecido e contorcionista pareceram muitas vezes uma peça única. Ao final de alguns minutos, o medo deu lugar à admiração e depois ao êxtase perante a beleza e graciosidade do número criado.
Destacaria ainda o penúltimo número, pois envolveu quatro membros do público que colaboraram de modo magnífico com a brincadeira criada pelo “palhaço” de serviço, que resultou tão bem que parecia estar treinada.
Para o final, ficou reservado um número impressionante, o famoso ato Banquine.
Quinze artistas executaram sequências de acrobacias e pirâmides humanas espetaculares, surpreendendo o público com os seus movimentos perfeitamente sincronizados. Este ato absolutamente impressionante foi premiado com um Palhaço de Ouro, na edição de 1999 do Festival Internacional do Circo Monte Carlo.
A noite terminava em beleza, já muito perto da meia-noite. O rio silencioso dizia-nos: “Boa Noite! Até à próxima!”
E haverá próxima vez.
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