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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

CIRQUE DU SOLEIL - QUIDAM



Natal é tempo de levar as crianças ao circo, esse maravilhoso espetáculo de entretenimento que nos fascina muito para além da idade em que somos crianças. Ontem, à noite, fui ver o QUIDAM – do CIRQUE du SOLEIL, no Meo Arena, e tal como qualquer criança fiquei maravilhado com aquilo que vi.

A sala está quase repleta duma plateia encantada com este espetáculo da companhia de circo mais famosa do mundo. O “Quidam” é um espetáculo de 1996, mas continua a cativar milhões de pessoas em todo o mundo. Este Natal foi a vez da nave espacial “Cirque du Soleil” aterrar em Lisboa.


 

Quidam é uma figura anónima e solitária que vagueia pela grande cidade, cheia de sonhos tal como acontece com qualquer um de nós. A partir dele, o Cirque du Soleil montou um grande espectáculo, onde todos os números clássicos do circo são revisitados, ao som dum rock atrativo e sedutor que mistura tendências musicais de várias latitudes.

Todos os números da companhia foram executados com uma espetacularidade fora do comum, mas alguns houve que me impressionaram deveras. Adorei o número do salto à corda, inspirado no ritmo da dança, que envolveu todos os elementos da companhia na criação duma coreografia inovadora onde a arte de manipular e saltar à corda atingiu a perfeição. Os acrobatas, exibindo uma capacidade de coordenação e ritmo incomuns, executaram correntes sucessivas (em solo, duos, e grupos) de saltos à corda e dança.
 
 
 



Outro número marcante foi o que uma acrobata muito talentosa apresentou com tecido encarnado suspenso no teto. Força e graciosidade combinaram-se de modo perfeito, ao som duma música belíssima, de maneira que tecido e contorcionista pareceram muitas vezes uma peça única. Ao final de alguns minutos, o medo deu lugar à admiração e depois ao êxtase perante a beleza e graciosidade do número criado.

Destacaria ainda o penúltimo número, pois envolveu quatro membros do público que colaboraram de modo magnífico com a brincadeira criada pelo “palhaço” de serviço, que resultou tão bem que parecia estar treinada.
 
 
 

Para o final, ficou reservado um número impressionante, o famoso ato Banquine.
Quinze artistas executaram sequências de acrobacias e pirâmides humanas espetaculares, surpreendendo o público com os seus movimentos perfeitamente sincronizados. Este ato absolutamente impressionante foi premiado com um Palhaço de Ouro, na edição de 1999 do Festival Internacional do Circo Monte Carlo.
 
 


A noite terminava em beleza, já muito perto da meia-noite. O rio silencioso dizia-nos: “Boa Noite! Até à próxima!”
E haverá próxima vez.

Gabriel Vilas Boas
 
 

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