Voltar a habitar no centro da cidade…
Existe cada vez
mais uma tendência de voltar a morar nos centros históricos das cidades, tendo-se
intensificado na última década uma disposição para a sua recuperação e vontade
de lhes conferir uma dinâmica o mais humanizada e sustentável possível.
Felizmente a imagem
do centro da cidade vazio e sem vida, sobretudo ao fim de semana, está com
vocação a desaparecer. A recuperação de casas antigas com o conforto da
modernidade atraindo novos moradores, permite tornar os centros mais
atrativos.
Em paralelo esta mudança traz o ressurgimento
do comércio de proximidade e gera uma forte “humanização” do centro da cidade
onde surgem também cada vez mais ofertas culturais e lúdicas, constituindo uma
“mais-valia” para os seus habitantes.
É sem dúvida um
desafio para um arquiteto a recuperação de edifícios nos centros históricos e
conseguir uma ligação entre duas linguagens cronologicamente distantes, de
forma a criar um objeto arquitetónico atual, mas pertencente ao universo
sensorial do local e da cidade, com as suas formas, cores, texturas, materiais.
Transcrevo a
definição de reabilitação urbana, segundo o "Vocabulário do Ordenamento do
Território (DGOTDU [2]) de 2000": Processo de transformação do espaço
urbano, compreendendo a execução de obras de conservação, recuperação e
readaptação de edifícios e de espaços urbanos, com o objectivo de melhorar as
suas condições de uso e habitabilidade, conservando porém o seu carácter
fundamental. O conceito de reabilitação supõe o respeito pelo carácter
arquitectónico dos edifícios, não devendo no entanto confundir-se com o
conceito mais estrito de restauro, o qual implica a reconstituição da traça
primitiva de pelo menos fachadas e coberturas.
O custo das operações de reabilitação
urbana resulta geralmente menor que os das operações de restauro, bem assim
como os resultantes do processo de demolição e reconstrução inerentes às
operações de renovação urbana.
Teresa Beyer
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