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sábado, 20 de setembro de 2014

SOFIA LOREN


Sofia Loren faz hoje oitenta anos. A romana de olhar felino, lábios carnudos e pele morena conquistou o mundo do cinema nos anos cinquenta e sessenta do século passado, depois de conhecer o produtor de cinema Carlo Ponti. Ponti ficou deslumbrado pela beleza sedutora de Loren e não demorou a conquistar-lhe o coração e a fazer dela uma estrela de cinema.
Entre 1950 e 2009, Sofia Loren participou em quase noventa filmes. O seu momento áureo ocorreu no início da década de sessenta quando filmou “La Ciociara” (Duas Mulheres) que lhe valeu o Óscar de Melhor Atriz em 1962.

Sofia nasceu pobre e a sua mãe teve de batalhar muito para que a sua filha tivesse um futuro melhor que o seu. Com a Segunda Guerra Mundial, a situação piorou e a mudança para Nápoles só serviu para agravar as dificuldades. Uma inesperada Sofia magrinha foi lançada em concursos de beleza com catorze anos. O rosto encantava e três anos depois a sorte sorrir-lhe-ia quando participava em mais um concurso de beleza (em que voltou a não ganhar). Carlo Ponti, membro do júri, reparou nela. Ponti elevou Sofia a voos mais altos.
Em1952, Sofia entrava em “Abismos Africanos”. No filme chamava-se “Loren” e foi esse o nome que adotou para compor o seu nome artístico. Sofia fez então uso dos seus dotes físicos. Juntamente com Gina Lollobrigida preenchia as fantasias masculinas. Brilhou ao lado de atores italianos – Mastroianni ou de De Sica – e americanos, como Clark Gable ou Cary Grant, mas queria ir mais longe…

Foi com “A Orquídea” que o seu talento de representação transcendeu a sua beleza física. O júri do festival de Veneza distinguiu-a com o prémio de interpretação em 1958. Foi o início do reconhecimento do seu trabalho.
Em 1960, entra em “La Ciociara”, no papel principal, ou seja, o de uma mãe em plena guerra. Sofia desempenhou com mestria o papel da mulher/mãe devastada pelos horrores da guerra e Hollywood rendeu-se, oferecendo-lhe o óscar de melhor atriz.
Reencontrar-se-ia com a fama quatro anos mais tarde nos filmes “Matrimónio à italiana” e “Ontem, hoje e amanhã” contracenando com um grande amigo – Marcelo Mastroianni. Seria, aliás, com ele junto a si que receberia em 1990 o segundo Óscar, estatueta recebida a título honorário para “um dos genuínos tesouros do cinema mundial”.
Gabriel Vilas Boas

1 comentário:

  1. Grandes actores e actiz,Sofia Lorem!O cinema italiano e´o expoente máximop da crítica e do humor!Bravo para quem ama assim como eu,o cinema italiano!

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