"Meu Deus, que fizemos nós?!" - Robert Lewis , co-piloto do Enola gay
A primeira bomba atómica foi lançada sobre a cidade de Hiroshima. nos primeiros minutos morreram 80.000 pessoas
A 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançavam sobre a cidade japonesa de Hiroshima uma bomba inovadora e com uma capacidade letal fora do comum: a bomba atómica. Ainda aturdidos com o sucedido, os japoneses não se renderam de imediato e os americanos acharam que “a coisa” só lá ia com outra bomba, agora sobre a cidade de Nagasaki.
A noção das consequências veio depois, mas os governos fizeram o contrário daquilo que seria recomendável. Estes dois ataques resultaram na morte de cerca de 200 mil pessoas - a maioria civis — por causa dos graves ferimentos e sequelas decorrentes das explosões e da exposição aos elevados níveis de radiação.
A II Guerra Mundial terminou de facto com aqueles ataques americanos às cidades japonesas. Todos compreenderam que nada havia a fazer face à potência destruidora de tais armas. No entanto, os vencedores não perceberam que tinham nas mãos, não uma arma comum, mas uma dádiva do diabo. A bomba atómica acabou com uma guerra, mas instalou definitivamente a era do medo nas relações entre os povos.
A possibilidade de atingir várias cidades pelo ar, eliminando-as e deixando nos sobreviventes e no território material radioativo capaz de contaminar populações inteiras, durante dezenas de anos, pairou e ainda paira na cabeça das pessoas de todo o mundo.
Infelizmente, após Hiroshima e Nagasaki, os líderes das principais nações não recusaram liminarmente o fabrico deste tipo de arma e lançaram-se numa corrida desenfreada pela obtenção de armas nucleares.
É assustador o número de países que hoje possuem esta nefasta arma: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, República Popular da China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Além disso, é sabido que Israel também possui armas nucleares, embora o governo israelita não reconheça isso.
Apenas um país, a África do Sul, deteve armas nucleares no passado, mas desmontou todo o seu arsenal após o fim do regime do Apartheid, quando o país aderiu ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e aceitou completamente as salvaguardas internacionais.
De acordo com estimativas de 2012, obtidas pela Federação de Cientistas Americanos, existem mais de 17 mil ogivas nucleares no mundo, sendo que cerca de 4 300 delas são consideradas "operacionais", ou seja, estão prontas para uso.
A manutenção de armas nucleares por estes países é uma chantagem ignóbil sobre a população mundial. Não pode haver a desculpa do “eu não destruo por que ele também não faz” ou “não o faz primeiro”. O lugar do armamento nuclear é no caixote do lixo. Ontem já era tarde. Não há armamento bom e armamento mau. Quem possui este tipo de armamento não pode quer construir um mundo pacífico, onde a cultura do medo não reine.
A 6 de agosto de 1945, a ciência desconhecia que tinha posto nas mãos de homens de coração impuro as chaves das portas do inferno. Passados setenta anos, elas continuam entreabertas, ameaçando gerações e gerações de pessoas. Enquanto não formos capazes de gerar o antídoto certeiro que destrua esta ameaça, todas as nossas conquistas serão sempre sub-conquistas de um mundo em sequestro.
Gabriel Vilas Boas.
You should have stayed at home yesterday
Ah-ha words can't describe
The feeling and the way you lied
These games you play
They're going to end in more than tears some day
Ah-ha Enola Gay
It shouldn't ever have to end this way
It's eight fifteen
And that's the time that it's always been
We got your message on the radio
Conditions normal and you're coming home
Enola Gay
Is mother proud of little boy today
Ah-ha this kiss you give
It's never ever going to fade away
Enola Gay
It shouldn't ever have to end this way
Ah-ha Enola Gay
It shouldn't fade in our dreams away
It's eight fifteen
And that's the time that it's always been
We got your message on the radio
Conditions normal and you're coming home
Enola Gay
Is mother proud of little boy today
Ah-ha this kiss you give
It's never ever going to fade away
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