A
Batalha de Aljubarrota é dos momentos históricos mais conhecidos dos
portugueses e daqueles de que mais orgulho temos. Infelizmente, é um momento único
na nossa História.
E
por que nos orgulhamos tanto desta batalha que quase nenhum espanhol conhece a
existência, apesar de ser sobre Castela a nossa vitória? A vitória do exército
português naquele final de tarde do dia 14 de agosto de 1385 representa o
triunfo da coragem, da valentia, do sentimento português, da inteligência do
pequeno sobre a soberba do grande.
Aljubarrota criou dois novos heróis e uma nova dinastia. Nuno Álvares Pereira e o Mestre
de Avis (futuro rei D. João I) eram dois bastardos, destinados a ser peças
secundárias num reino em degradação, mas o destino deu-lhes a
oportunidade de escrever um guião diferente e feliz para Portugal.
Ainda
que ninguém o soubesse, começavam na grande amizade e no enorme patriotismo destes
dois homens os melhores 150 anos da nossa História coletiva.
Aquela
foi a batalha perfeita da nossa História: garantiu a independência, afirmou um
rei, consolidou um território, ganhou o respeito do inimigo e assegurou
definitivamente a paz. É para isso que se faz a guerra – para conquistar a paz.
Depois
da vitória em Aljubarrota, Portugal deixou-se de guerras inúteis com Castela e
apostou no seu desenvolvimento. Como não podia crescer por terra, cresceu por
mar. A coragem, a determinação, a inteligência, a ousadia da época dos Descobrimentos começou
na vitória militar no campo de S. Jorge.
A
partir de 1385, Portugal firmou aliança com Inglaterra e daí resultou um dos
casamentos mais felizes da nossa História: D. João e D. Filipa de Lencastre que “produziram”
a ínclita geração, uma espécie de geração de ouro da história de Portugal. O
país abria asas além da península e via um horizonte mais vasto.
No
entanto isto só foi possível porque quem nos guiou naqueles anos de incerteza
não se preocupou com os títulos e as honras de quem os acompanhava, mas
exclusivamente com o seu valor. Quem nos guiou amava os seus e a sua terra mais
do que a si próprio. Acho que essa é das lições mais importantes que temos de
aprender com a batalha que ocorreu há 629 anos.
Desgraçadamente,
o nosso desejado sempre foi D. Sebastião e não um Mestre de Avis qualquer.
Talvez resida aí uma das razões por que andamos a falhar há séculos a escolha
do nosso guia. Se repararmos bem, Camões engrandeceu Nuno Álvares Pereira, louvou
D. João I, mas o herói da batalha e da epopeia foi sempre o povo português.
Aquele que nunca se rende, aquele para quem não há impossíveis.
Gabriel Vilas Boas
Foi interesante e moi ben presentado este comentario da batalla de Aljubarrota, gran vitoria portuguesa sobre os castelhanos e tamen sobre os portugueses que seguían fieis a causa de dona Beatriz. Quen tiña a verdade non e seguro mais o que si e seguro que foi o mellor que lle poido pasar eo meu querido Portugal.
ResponderEliminarCarlos Alves
galego de pobo